Nos últimos dois anos, houve um aumento de 36% nas ocorrências de tremores de terra na Bahia, passando de 132 entre os anos de 2020 e 2021 para um total de 180 entre 2022 e 2023. O motivo? Nada evidente. Na verdade, o crescimento é avaliado como algo mais aparente do que real, pontua Carlos César Uchoa, professor da Universidade Estadual de Feira de Santana (Uefs) e doutor em Geologia pela Universidade Federal da Bahia (Ufba).
Segundo ele, a grande mudança no período foi o aumento na infraestrutura para medição das condições geológicas. “O que cresceu, de fato, foi o número de estações sismográficas instaladas pelo Labsis da UFRN (Laboratório de Sismologia da Universidade Federal do Rio Grande do Norte), que monitora os eventos sísmicos no Nordeste do Brasil”, afirma.
O tremor de terra ou terremoto é resultado da liberação de energia sísmica provocada por uma movimentação de blocos rochosos, ocorrendo, normalmente, ao longo de uma falha geológica. Esse fenômeno pode ocorrer durante um período e depois cessar, com possibilidade de voltar acontecer, especialmente em áreas com falhas geológicas.
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