Uma briga, um corpo ensanguentado, uma mulher em poder de um bandido frio e cruel durante horas. O cenário parece de um latrocínio, cuja esposa é feita refém para garantir a “segurança” do criminoso.
Essa história de terror é real e aconteceu na pequena Santa Cruz da Vitória, a cerca de 75 quilômetros de Itabuna, com quase 7 mil habitantes.
Na madrugada dessa quinta-feira (17), um homem teria invadido a casa do educador Luis Carlos Silveira Santos, de 55 anos de idade, vice-diretor de uma escola naquela cidade. Em determinado momento, os dois começam a discutir. O invasor pega uma faca e começa a golpear o dono da residência até a morte.
A esposa da vítima, Renata Almeida Silveira Barbosa, de 30 anos, acorda por volta das 5 horas da manhã, assustada com o o barulho, e vê o marido sendo covardemente assassinado. O bandido, assim que nota a presença da mulher, a faz refém, até por volta de 1 hora da tarde, aproximadamente. De repente, ela consegue escapar, pulando do primeiro andar da casa, na Rua Getúlio Vargas, centro, e chama a polícia. À essa altura, o criminoso ja fugia pelos fundo do imóvel, sumindo por um matagal.
Desesperada e chorando muito, Renata relata os fatos aos policiais, esta mesma história que acabamos de contar. Mas, com o passar das horas, o suspeito é localizado e detido, escondido na Fazenda Conjunto Bom Jesus, zona rural de Santa Cruz da Vitória.
Já na delegacia, em Itabuna, o depoimento do acusado, identificado como Rafael Salles Santos, de 19 anos, cai como uma bomba. Ele desmente a versão de Renata. Rafael conta que é amante da esposa da vítima. E que estava com ela no momento em que o professor chegou em casa e flagrou a traição.
Ainda de acordo com o acusado, enfurecido, o vice-diretor pegou uma faca e foi para cima dele. Rafael diz que conseguiu tomar a arma e então o matou. Após o crime, Renata teria limpado o sangue na cena do assassinato, enrolado o corpo do marido em um lençol, e permanecido ali com o amante até o início da tarde, quando “surtou”, pulou da laje e saiu gritando por socorro, ligando para a polícia.
De um lado, a versão da viúva, que garante ter presenciado um crime bárbaro e ainda ficado em poder do assassino. De outro, a versão do criminoso, que afirma ter um relacionamento extraconjugal com a esposa da vítima e que matou em “legítima defesa”.
Quem está falando a verdade? O que de fato aconteceu esta madrugada na casa do professor José Carlos, morto brutalmente aos 55 anos? O crime foi premeditado? Renata ajudou a matar o próprio marido? São perguntas ainda sem respostas. O caso, macabro e ainda cercado de mistérios, já começou a ser investigado. Enquanto isso, Renata e Rafael seguem presos no Complexo Policial de Itabuna.
A polícia agiu rápido na prisão do assassino confesso e na suspeita de envolvimento no crime. A população de Santa Cruz chegou a aplaudir os policiais no momento em que prenderam o acusado. A movimentação de familiares da vítima é intensa na delegacia.
Resta, agora, aguardar pelas cenas dos próximos capítulos desse filme real de terror.
Verdinho Itabuna
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