Ao que tudo indica, as Ahosi, que significa “mulheres do rei” e que também eram conhecidas por “mino” traduzido para o português como “mães” ou “minha mãe”, e ainda como “gebto”; inicialmente não eram só guerreiras mortais, mas sim caçadoras de elefantes, isso no fim do século XVII, onde encontramos os primeiros registros sobre elas. De acordo com a teoria mais popular, as Ahosi foram formadas sob o reinado de Hwegbajá com essa intenção, entretanto, já no século XVIII, o novo rei Agadja, filho do anterior, ficou encantado com a ferocidade delas e decidiu que as transformaria de caçadoras de elefantes em suas guarda-costas, mulheres aptas a protegê-lo dentro do palácio. Outra teoria indica que a unidade militar das Ahosi, enquanto guerreiras palacianas, foi criada em 1645 pelo rei Ada Onzoo; suas armas de guerra eram tacos, lanças e arcos de guerra. De um número inicial de 800 mulheres guerreiras, foram se expandindo de forma tão rápida que chegaram a ser metade do exército real, em torno de mais de 4000 guerreiras.
O treinamento de uma guerreira Ahosi era forte, bruto e procurava não apenas transformar uma mulher de Daomé em uma guerreira mortal, mas diante de uma sociedade patriarcal também a insensibilizá-la a fim de que suas dores fossem superadas, de que jamais o medo fizesse parte de suas batalhas e que sua sede de sangue nunca se extinguisse. Além de tudo, seu treinamento exaustivo e brutal era também uma forma de lembrá-las a sempre superarem os homens nesses mesmos quesitos, não como forma de demonstrar sua superioridade a fim de derrotá-los, mas para demonstrar que por serem mulheres, elas poderiam provar ser tão boas quanto eles. Vivendo em uma sociedade patriarcal, as daomenianas que desejavam fazer parte do exercito Ahosi ainda tinham essa prova a mais.
Fonte: Tudor Brasil - Tudo sobre História
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