Presidente da Câmara afirmou que maioria dos líderes defende mudança da
data, mas desde que mandatos atuais não invadam janeiro de 2021. Comissão mista
deve ser criada para o debate.
O presidente da Câmara, Rodrigo
Maia (DEM-RJ), afirmou nesta terça-feira (19) que o Congresso Nacional
discutirá o adiamento das eleições municipais deste ano – sem prorrogar o
mandato dos atuais prefeitos. O adiamento seria uma prevenção por conta da
pandemia do novo coronavírus.
Segundo o presidente da Câmara, a
maioria dos líderes da Casa defende o adiamento, desde que os mandatos dos
atuais prefeitos e vereadores não sejam sejam
prorrogados. O primeiro turno daseleições está marcado para 4 de outubro e o segundo turno, se houver, para o
dia 25 do mesmo mês.
Maia afirmou que o presidente do
Senado e do Congresso Nacional, Davi Alcolumbre (DEM-AP), deve criar um grupo
de trabalho conjunto, formado por deputados e senadores, para decidir sobre a
questão.
"O presidente Davi vai
construir um grupo com a Câmara para que possamos discutir a questão da data da
eleição, se nós vamos mantê-la no mesmo dia ou se a decisão do Parlamento vai
ser modificá-la dentro do próprio mandato numa outra data. Então, seria o
adiamento da eleição sem prorrogação de mandato", afirmou Maia.
"Isso, eu vi ontem na
discussão com os líderes, que é uma posição quase de unanimidade. A maioria dos
parlamentares entende que podemos ter o adiamento, mas não devemos ter a
prorrogação de nenhum mandato", acrescentou o presidente da Câmara.
Segundo Maia, o grupo pretende
tratar da questão também com o próximo presidente do Tribunal Superior Eleitoral,
ministro Luís Roberto Barroso. O ministro assumirá o comando da Corte dia 25 de
maio.
No começo do mês, Barroso
declarou em entrevista à GloboNews que um ponto central para o adiamento das
eleições seria a testagem das urnas eletrônicas, prevista para junho. Se os
procedimentos fossem prejudicados pela pandemia, segundo o ministro, um
adiamento teria que entrar em pauta.
"Nós trabalhamos com o prazo
de junho. Se até junho, não conseguirmos fazer os testes, aí eu vou informar ao
Congresso Nacional, procurar o presidente da Câmara e do Senado e expor a eles
as circunstâncias da Justiça Eleitoral", disse.
Barroso também defende que as
eleições sejam mantidas em 2020, para evitar o risco de prorrogação dos
mandatos atuais. Ainda de acordo com o ministro, a ocorrência do primeiro turno
no primeiro fim de semana de outubro está definida na Constituição e, por isso,
a mudança deve partir do Congresso.
fonte: g1
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