Na minha adolescência um dos livros que mais me fascinou foi O VELHO E O MAR, the old and the sea, de Ernest Hemignway. Ainda sinto a força do PEIXE puxando e jogando o barquinho do velho no alto mar... Sinto o cheiro do porto, sinto o cheiro do mar frio, se perdendo na sua própria imensidão... E como o velho perco em mim nas minhas gigantescas vitórias, e como o velho é grande minha frustração, por ter tido nas mãos o projeto dos meus sonhos, e vê-lo se perder em um instante da caminhada...
O clima frio desse sábado colabora para essa sensação...
Fui forjado em livros, não havia internet, facebook, whatsapp, xvideos, ou coisas do gênero... A minha mente tinha que viajar pelas páginas de papel, os sonhos tinham que se abraçar com o que ia lendo...
Lembro que passava minhas horas livres na Biblioteca Municipal, e era tão voraz devorando os livros quanto o tempo que consumia minha juventude... Li muito, li tanto, li infinitamente... De tudo um pouco... De Marcos Rey a Adelaide Carraro, de Sidney Sheldon a Dostoievski...
O pecado dessa geração é que ela não lê livros... Ela não tem aguaçada a imaginação... Ela não sabe o que
é construir histórias e imagens na cabeça, sem nunca ter visto em fotografia ou mesmo numa imagem de televisão...
Essa geração não sabe a libertação que é, sentar numa cadeira e viajar, imaginar, sair do cotidiano, se libertar das carnes podres e do corpo reles e mortal que nos prendem... O livro nos dá essa possibilidade...
Tava me lembrando do velho, ele fica latente em minha cabeça... Machucando as vezes... Imagino ao longe um farol, as ondas batendo fortes e congelantes, tão intensas como se fosse derrubar as pedras que o protegem... E ele se afastando de tudo, em busca daquilo que não queria pertencê-lo... E aquele Peixe tão sonhado, advindo de tanta luta, de tanta dor, de tantos sacrifícios, e descarnado ali na beira da praia, sem valor... A vida as vezes é assim, quantas vezes a gente luta para conquistar as coisas e chega ao ponto de saber que após obtê-las elas se perdem do valor... Algumas coisas não são para serem conquistadas...
Tiago Bottino J. Brige
Pedagogo/Coordenador Pedagógico
Realmente Botino,eles tem tudo à mão mas ao invés de ver seus smartphone como porta do mundo só querem saber de jogos fúteis e redes sociais sem nenhum propósito. Meu maior tesouro eram os livros e até hoje eu amo ler mesmo que seja na play livros, que tem livros gratuitos e é só baixar.
ResponderExcluirExcelente texto.
Verdade,, Thiago mas hoje acabou isso
ResponderExcluirE mais pura realidade a juventude de hoje se selecionam e sua grande parte em ostentacao nunca saberao oque era o tempo da formula1 antiga ou de grandes iconis da musica antigamente mamonas assasinas era putaria oque dizer das musicas de hoje antigamente faziam lutavam para terem os melhores da turma hoje se acabou o homen evolui tanto que um livro tao importante querem transformar em ebook digital como ja se dizia o mundo evolui a nova geracao o acompanha criancas ja tem celular ja pilotam moto e vejo que parei tanto no tempo que ando pela rua vejo nos noticiarios tantas tragedias e percebo nao somos deste mundo parabens pelo texto
ResponderExcluirPassei várias tardes na biblioteca viajando com os livros da série Vaga-lume 📖📖 era bom demais❤
ResponderExcluir👏👏👏👏👏👏👏👏👏sinceramente hoje vi pela primeira vez algo edificante no seu blog,uma notícia leve e concientizadora,apesar de saber que esse não é o objetivo do seu blog,aonde encontrar esse livro?
ResponderExcluir👏👏👏👏👏👏👏👏👏sinceramente hoje vi pela primeira vez algo edificante no seu blog,uma notícia leve e concientizadora,apesar de saber que esse não é o objetivo do seu blog,aonde encontrar esse livro?
ResponderExcluirCompartilho deste mesmo pensamento. Pena que nossa juventude e até nós mesmos estamos sendo subtraídos, furtados pela praticidade dos recursos tecnológicos e não nos damos conta de a leitura de um bom livro nos faz viajar, nossa percepção fica mais aguçada. Muito reflexivo seu texto, parabéns!
ResponderExcluirParabéns Tiago, muito louvável sua atitude em que nos tempos de hoje traz a relevância da leitura na formação da personalidade e do conhecimento do individuo. Eu atualmente sou o S.O.E da escola Jandiroba e implantei um projeto chamado "Clube de Livros" que funciona da seguinte forma: o aluno doa um livro e assim pode ler em casa um livro que outro colega doou. Começamos com 14 exemplares, hoje temos no acervo quase 300 livros. O mais interessante que só mês de maio, os alunos da escola já pegaram mais de 100 livros para lê. O que surpreendeu a todos na escola. Espero que outras escolas coloquem esta ideia em prática. Estamos muito felizes com o resultado.
ResponderExcluirOTIMO LÊ ISSO
ResponderExcluirThiago quem lê e gosta de estudar não vota em Bolsonaro nem apoia essa zorra
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