Fiscais e agentes de inspeção da Divisão de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura na Bahia recolheram do mercado, nesta quarta-feira, 22, e na terça, 21, amostras de produtos das marcas produzidas pelos 21 frigoríficos, entre os quais os gigantes JBS e BRF, denunciados na Operação Carne Fraca da Polícia Federal.
As amostras de carne bovina, frango e embutidos, como salsicha, linguiça, mortadela e outros produtos, estão sendo enviadas às unidades do Laboratório Nacional Agropecuário (Lanagro) em Pernambuco, Goiás e Minas para análises microbiológicas (bactérias e micro-organismos) e físico-químicas (aspectos sensoriais e a composição do produto).
De acordo com o chefe da Divisão de Defesa Agropecuária da Superintendência Federal da Agricultura na Bahia, Altair Santana de Oliveira, cerca de 25 técnicos participaram da operação que ocorreu em Salvador, Feira de Santana, Teixeira de Freitas, Barreiras, Luís Eduardo Magalhães, Vitória da Conquista e Itapetinga.
O resultado desses exames, segundo informou o Ministério da Agricultura, em Brasília, devem sair em quatro ou cinco dias. Nesse período, o estabelecimento comercial será fiel depositário dos produtos, sem comercializá-los.
Altair Oliveira explicou que a operação na Bahia se concentrou nos grandes supermercados e atacadistas, a partir de uma lista encaminhada pelo Ministério da Agricultura com o nome das empresas, o produto e o lote de fabricação.
A Bahia abriga duas unidades da JBS – Itapetinga e São Gonçalo dos Campos –, que está na lista de empresas nacionais que fraudaram e adulteraram a produção de carne bovina, de aves e derivados.
A JBS é detentora das marcas Friboi, Swift e Seara. Em São Gonçalo dos Campos, a JBS produz salsicha, mortadela e frango inteiro e em cortes da marca Seara para serem vendidos no mercado nordestino e, até o recente embargo, em Hong Kong. Já a unidade de Itapetinga processa carne bovina desossada e embalada a vácuo. Exportava para o mercado asiático (Hong Kong) e o Egito.
GBarbosa e Perini
A dúvida deixada em relação à procedência dos produtos também fez com que o grupo chileno Cencosud Brasil – formado pelas redes de supermercados Prezunic, Bretas, GBarbosa, Mercantil Rodrigues e Perini – tomasse a decisão de recolher das prateleiras os produtos cujos códigos do Serviço de Inspeção Federal (SIF) pudessem indicar problemas.
Por meio de nota, o grupo informa que “repudia” a adoção de práticas que não condizem com a garantia de qualidade do produto e “exige” esclarecimentos dos fabricantes e fornecedores envolvidos nas denúncias da Operação Carne Fraca.O Chile está entre os países que suspenderam temporariamente a importação de carne do Brasil. (Atarde)
Bom dia, Tiago como leitor e admirador de suas matérias venho ressaltar que da forma como esta enunciada: (A Bahia abriga duas unidades da JBS – Itapetinga e São Gonçalo dos Campos –, que está na lista de empresas nacionais que fraudaram e adulteraram a produção de carne bovina, de aves e derivados.), em sua matéria a posição do JBS de Itapetinga e de total controle da qualidade de seus produtos e da forma como vc escreveu esta distorcendo tal afirmação tanto do Ministério da Agricultura como do Ministério público aqui mesmo divulgado por vc em matéria anterior de que nada foi considerado ilégal ou de alteração nos produtos da JBS de Itapetinga. Como conselho é melhor corrigir para não provocar mais distorções no mercado que já anda de mal a pior.
ResponderExcluirBoa noite! Sou Médico Veterinário e Auditor Fiscal Federal Agropecuário, servidor do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Sou encarregado pela fiscalização do frigorífico JBS em Itapetinga e me sinto na obrigação e esclarecer alguns fatos citados pela matéria acima. Tenho uma equipe de 13 Auxiliares de Inspeção, altamente qualificados, que fazem a inspeção e acompanhamento, sob minha supervisão, de todo processo de produção do frigorífico,inclusive aos domingos. Acompanhamos desde a chegada dos animais para abate até a saída de todos os produtos nos caminhões para os mercados distribuidores e varejistas, dentro das mais rigorosas condições higiênico-sanitárias, para que os produtos cheguem a mesa do consumidor com toda segurança. Além da equipe da inspeção Federal, o JBS possui sua própria equipe da Garantia da Qualidade, também qualificada, que acompanha integralmente a produção, detendo todo controle do processo, como ficou evidenciado pela última supervisão, efetuada pelo Serviço de Inspeção de Produtos de Origem Animal do Ministério da Agricultura no ano passado. Assim como o JBS, o frigorífico Sudoeste também possui Inspeção Federal e é submetido às mesmas exigências, o que nos dá o privilégio de termos dois estabelecimentos que nos fornece carne de qualidade e com total segurança. Portanto,o que ocorreu em alguns frigoríficos nos estados do Paraná, Goiás e Santa Catarina, foram problemas pontuais que não representam o Serviço de Inspeção Federal no país, pois existem 4.850 estabelecimentos sob Inspeção Federal e somente em 26 deles(0,5%) foram encontradas algumas irregularidades que estão sendo investigadas, isto é, 99,5% dos estabelecimentos estão dentro dos padrões de segurança. Inclusive não tem nenhum frigorífico da Bahia sob investigação, nem JBS, nem BRF. As amostras coletadas, inclusive aqui em Itapetinga, foram feitas nos estabelecimento de varejo, isto é, supermercados, mercados e lojas que vendem carnes e derivados, de produtos oriundos dos S.I.F.`s sob investigação. Das amostras até agora analisadas(170 produtos), nenhuma apresentou problemas que torna os produtos impróprios para o consumo. Isto comprova porque o Brasil é o maior exportador de carnes de boi, frango e suíno do mundo, exportando para mais de 150 países da Europa, Ásia, África, América do sul, América do Norte(EUA) e Oriente Médio. O que ocorreu foi uma grande irresponsabilidade e inconsequência de um delegado da polícia federal, que comprometeu toda cadeia do agronegócio brasileiro, colocando em dúvida a credibilidade de um setor que com muito profissionalismo e competência, as duras penas, conquistou os mercados mais exigentes do mundo, sendo responsável por 33% de toda riqueza gerada no país. Apesar deste golpe, o agronegócio brasileiro vai continuar forte, porque não existe nenhum país no mundo que é mais competitivo do que nós. Infelizmente exitem pessoas que torcem contra.
ResponderExcluirEssa história de carne fraca foi para desviar a atenção da Reforma na Previdência. Sábias palavras Dr.Raimundo, precisamos de pessoas esclarecidas no assunto, porque as pessoas têm mania de emprenhar pelos ouvidos, e isso vira uma corrente, como nos whatsApp as pessoas compartilhando cada idiotisse. O que falta é uma boa educação, e pessoas dignas e honestas nesse Brasil. Muito importante o seu esclarecimento.Está de parabéns e por ser essa pessoa de um caratér e tanto.Deus te conserve sempre assim.
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