VEREADORES DE ITAPETINGA QUEREM AUMENTAR SALÁRIOS PARA R$ 12 MIL REAIS.

César Soares /  Tribuna de Itapetinga

Em um momento de crise os vereadores itapetinguenses querem fixar os salários em R$ 12 mil. Se for votado, o aumento seria de 50%, a partir de 2017. Atualmente os nobres edis recebem R$ 8 mil mensais.

Segundo informações colhidas pelo Tribuna de Itapetinga, a Câmara Municipal, sem nenhum tipo de debate prévio, deverá aprovar o aumento de salário para 2017, de prefeito, vice, secretários e vereadores.

Com o aumento abusivo, verifiquemos: 

Com o salário correspondente a R$ 12 mil, cada vereador passará a ganhar R$ 144 mil por ano, a

cada legislatura o valor gasto com este único vereador será de R$ 288 mil. Se compararmos estes vencimentos com o salário mínimo atual (R$ 880,00) será necessário que o trabalhador dedique 25 anos para render o total de R$ 264 mil (o valor gasto com um único vereador em cada 2 anos será de 288 mil). O vereador já ganha muito mais do que produz, além das verbas de gabinete, assessores e gasolina.

Somando a folha de pagamento dos funcionários e dos vereadores, o investimento com pagamentos de salários na Câmara de Vereadores de Itapetinga é de cerca de R$ 330 mil mensais. Os cálculos feitos pela nossa reportagem levam em conta dados obtidos através da relação da folha de pagamento que consta no Portal da Transparência, no site da Câmara na internet. Se aprovado, o rombo a partir de 2017 será muito maior.

É INADMISSÍVEL, que em plena crise econômica onde os trabalhadores sofrem com o desemprego e a precarização dos serviços públicos e os gastos com o salário só dos vereadores excedam uma diferença de 50% em relação as duas legislaturas anteriores.

Segundo apurou o Tribuna de Itapetinga, o TCM recomenda que a lei que fixa subsidio seja aprovada antes do pleito eleitoral, (ou seja, o documento teria que ser votado e sancionado antes das eleições de domingo, 2 de outubro) para garantir a imparcialidade. A lei para a gestão 2017-2020 ainda não foi aprovada, se não for colocada em pauta o subsidio permanece o mesmo, ou seja, R$ 8 mil. Porém, se for colocado em votação e aprovado o ato se torna imoral, e ainda coloca o próximo presidente em situação difícil. Já de acordo a assessoria Jurídica da Casa, o procedimento é normal. 

Entra ano, sai ano, vem eleições, novatos são eleitos, outros reeleitos permanecem, promessas de austeridade são feitas, muitos projetos serão votados, benefícios e melhores condições de vida são prometidos para o povo. O tempo passa, o mandato acaba, a mordomia e os desvios se repetem. Tudo continua do jeito que sempre esteve e que os políticos querem. Ninguém quer mudar nada.