terça-feira, 19 de janeiro de 2016

FIM DA GREVE: MÉDICOS PERITOS DO INSS ANUNCIAM VOLTA AO TRABALHO A PARTIR DO DIA 25

ASSOCIAÇÃO DIZ, PORÉM, QUE SERÁ RETOMADO APENAS O ATENDIMENTO ESSENCIAL. INSS DIZ BUSCAR RÁPIDA REGULARIZAÇÃO DO ATENDIMENTO À POPULAÇÃO.
Depois de quase 140 dias de greve, os médicos peritos do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) decidiram retornar ao trabalho, a partir da próxima segunda-feira (25), segundo a associação nacional da categoria. A entidade informa, no entanto, que será retomado apenas o atendimento àqueles que ainda não se submeteram à perícia médica inicial. Em nota, a Associação Nacional dos Médicos Peritos (ANMP) afirma que a categoria permanecerá em estado de greve, o que significa que
será mantido apenas o atendimento essencial, com prioridade para quem vai fazer a primeira perícia para dar entrada a algum tipo de benefício. "Novas paralisações no futuro não estão descartadas. Esperamos que com essa atitude de distensionamento, o governo saia da trincheira em que se colocou e volte a negociar com a categoria", afirma o comunicado. O INSS informou que o retorno dos peritos ao trabalho "permitirá ao Instituto envidar esforços para  uma rápida e completa regularização do atendimento à população, reduzindo o tempo de espera pela perícia médica e agilizando a conclusão dos processos represados".
Segundo o órgão, "em boa parte das unidades", o atendimento pericial é realizado normalmente. "A Central de Atendimento 135 está à disposição para informar os segurados e realizar os agendamentos e/ou reagendamentos necessários", acrescentou. A greve (a mais longa da categoria) foi iniciada no dia 4 de setembro do ano passado. Mais de 2 milhões de perícias deixaram de ser feitas desde então, segundo a associação que representa os trabalhadores. O INSS fala em 1,3 milhão. Hoje, apenas cerca de 30% dos peritos estão trabalhando segundo a associação. A partir do dia 25, eles voltam em 100% "em estado de greve". Segundo o diretor sindical da Associação Nacional dos Médicos Peritos, Luiz Carlos de Deive de Argolo, o retorno representa apenas uma mudança na forma de protesto "diante da intransigência e insanidade do governo de deixar 2,1 milhões de perícias sendo remarcadas".

Fonte: G1 BA

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