ASSOCIAÇÃO DIZ, PORÉM, QUE SERÁ RETOMADO APENAS O
ATENDIMENTO ESSENCIAL. INSS DIZ BUSCAR RÁPIDA REGULARIZAÇÃO DO ATENDIMENTO À
POPULAÇÃO.
Depois de quase 140 dias de greve, os médicos peritos do
Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) decidiram retornar ao trabalho, a
partir da próxima segunda-feira (25), segundo a associação nacional da
categoria. A entidade informa, no entanto, que será retomado apenas o
atendimento àqueles que ainda não se submeteram à perícia médica inicial. Em
nota, a Associação Nacional dos Médicos Peritos (ANMP) afirma que a categoria
permanecerá em estado de greve, o que significa que
será mantido apenas o
atendimento essencial, com prioridade para quem vai fazer a primeira perícia
para dar entrada a algum tipo de benefício. "Novas paralisações no futuro
não estão descartadas. Esperamos que com essa atitude de distensionamento, o
governo saia da trincheira em que se colocou e volte a negociar com a
categoria", afirma o comunicado. O INSS informou que o retorno dos peritos
ao trabalho "permitirá ao Instituto envidar esforços para uma rápida e completa regularização do
atendimento à população, reduzindo o tempo de espera pela perícia médica e
agilizando a conclusão dos processos represados".
Segundo o órgão, "em boa parte das unidades", o
atendimento pericial é realizado normalmente. "A Central de Atendimento
135 está à disposição para informar os segurados e realizar os agendamentos
e/ou reagendamentos necessários", acrescentou. A greve (a mais longa da
categoria) foi iniciada no dia 4 de setembro do ano passado. Mais de 2 milhões
de perícias deixaram de ser feitas desde então, segundo a associação que
representa os trabalhadores. O INSS fala em 1,3 milhão. Hoje, apenas cerca de
30% dos peritos estão trabalhando segundo a associação. A partir do dia 25,
eles voltam em 100% "em estado de greve". Segundo o diretor sindical
da Associação Nacional dos Médicos Peritos, Luiz Carlos de Deive de Argolo, o
retorno representa apenas uma mudança na forma de protesto "diante da
intransigência e insanidade do governo de deixar 2,1 milhões de perícias sendo
remarcadas".
Fonte: G1 BA
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