segunda-feira, 4 de janeiro de 2016

BRASIL: CORPOS DE FAMÍLIA ELETROCUTADA EM SÃO GONÇALO, RJ, SÃO ENTERRADOS

ESPECIALISTAS DIZEM QUE TENTATIVA DE SOCORRO CAUSOU MORTES. POLÍCIA APURA SE ROMPIMENTO DO CABO DE ENERGIA FOI PROVOCADO POR BOMBA.
Foram enterrados nesta segunda-feira (4) os corpos das quatro pessoas da mesma família que morreram eletrocutadas no Bairro Neves, em São Gonçalo, Região Metropolitana do Rio. A polícia investiga se o rompimento do cabo de energia que as atingiu aconteceu porque a fiação era antiga ou se foi provocado por uma bomba. Os funerais aconteceram em dois cemitérios. ADÃO ORLANDO SILVA MORARES, de 87 anos, foi enterrado em Niteroi. Em São Gonçalo, foram enterrados RAFAEL SERGIO ALCÂNTARA OLIVEIRA, de 35 anos, e seus filhos LUCAS, de 13 anos, e
o bebê de apenas 9 meses. A esposa de Adão, MARIA DE NAZARÉ, sobreviveu à tragédia, mas segue internada. Um cabo de média tensão se rompeu e atingiu o carro de Rafael, que havia acabado de colocar o bebê dentro do veículo enquanto a família se despedia dos parentes. O adolescente de 13 anos tentou tirar o irmão de dentro do carro e também recebeu a descarga elétrica. Depois, o pai das crianças e o padrasto dele correram para prestar socorro, e também foram atingidos. Maria de Nazaré foi a última a tentar ajudar. Ela também levou um choque, mas resistiu. Sofreu queimaduras em várias partes do corpo. O estado de saúde dela é estável.
Segundo especialistas, o que provocou a tragédia foi justamente a tentativa de socorro. Se ninguém tivesse tocado no carro, todos poderiam estar vivos, inclusive o bebê que estava lá dentro. Em fevereiro do ano passado, o carro do administrador de empresas José Machado, de 47 anos, foi atingido por um cabo de energia durante uma tempestade em São Paulo. Ele morreu eletrocutado ao sair do veículo.
Segundo o especialista em gerenciamento de risco, MOACYR DUARTE, em princípio, o carro fica isolado por quatro pneus de borracha. Ao ser atingido pelo cabo de energia, o veículo protegeria quem está dentro dele, desde que a pessoa não toque em nenhuma parte metálica. “A pessoa com pé no chão tentar pegar o garoto dentro do carro virou a passagem da eletricidade. O que acontece é que todas as pessoas que tocarem esse, onde a eletricidade tá parada, vão sofrer uma contração muscular violenta e vão ficar como as pessoas dizem popularmente agarrados. Qualquer pessoa que tocar nessa sequência vai ter a mesma passagem de corrente elétrica", explicou. Os especialistas usam a teoria da Gaiola de Faraday para explicar o fenômeno. Se uma superfície eletrificada for oca a carga elétrica se espalha pelo lado de fora. O interior fica protegido. A carga não entra. Esse efeito é conhecido como blindagem eletrostática. Quando alguém tenta entrar ou sair, essa blindagem é rompida, permitindo a circulação da corrente no interior. E qualquer pessoa que tenta ajudar também sofre o impacto. O especialista Moacyr Duarte destacou que o corpo humano conduz eletricidade. "O nosso corpo tem muita água com sal, conduz a eletricidade, além das queimaduras a gente perde líquido, então, a pessoa vai queimando e vai perdendo volume. Então se houver realmente um rompimento ninguém se aproxima e pede pra companhia o desligamento da eletricidade”, disse Duarte. Duarte afirmou que em situações semelhantes, é preciso ter calma. "Se você tiver nessa situação exata o desfecho nesse caso seria deixar o neném, distrair para ele não tocar nada e pedir para a concessionária desligar a rede elétrica", explicou.

Fonte: G1

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