PRESIDENTE DA CÂMARA INFORMOU QUE ACOLHEU PEDIDO DO JURISTA
HÉLIO BICUDO. PEEMEDEBISTA TAMBÉM CRIOU COMISSÃO ESPECIAL QUE ANALISARÁ
IMPEACHMENT.
O presidente da Câmara, EDUARDO CUNHA, informou nesta
quarta-feira (2) que autorizou a abertura do processo de impeachment da
presidente Dilma Rousseff. O peemedebista afirmou que, dos sete pedidos de
afastamento que ainda estavam aguardando sua análise, ele deu andamento ao
requerimento formulado pelos juristas HÉLIO BICUDO e MIGUEL REALE JÚNIOR. O
pedido de Bicudo – um dos fundadores do PT – foi entregue a Cunha em 21 de
outubro. Na ocasião, deputados da oposição apresentaram ao presidente da Câmara
uma nova versão do requerimento dos dois juristas para incluir as chamadas
“pedaladas fiscais” do governo em 2015, como é chamada a prática de atrasar
repasses a bancos públicos a fim de cumprir as metas parciais da previsão
orçamentária. A
manobra fiscal foi reprovada pelo Tribunal de Contas da União
(TCU).
Na representação, os autores do pedido de afastamento também
alegaram que a chefe do Executivo descumpriu a Lei de Responsabilidade Fiscal
ao ter editado decretos liberando crédito extraordinário, em 2015, sem o aval
do Congresso Nacional. "Quanto ao pedido mais comentado por vocês, proferi
a decisão com o acolhimento da denúncia. Ele traz a edição de decretos editados
em descumprimento com a lei. Consequentemente, mesmo a votação do PLN 5
[projeto de revisão da meta fiscal de 2015] não supre a irregularidade",
disse Cunha em entrevista coletiva na Câmara dos Deputados no início da noite
desta quarta.
O despacho do peemedebista autorizando a abertura do
impeachment ocorreu no mesmo dia em que a bancada do PT na Câmara anunciou que
vai votar pela continuidade do processo de cassação de Cunha no Conselho de
Ética. Ao longo do dia, Cunha consultou aliados sobre a possibilidade de abrir
o processo de afastamento da presidente da República.
À tarde, ele tratou do assunto, em seu gabinete, com
deputados de PP, PSC, PMDB, DEM, PR e SD. Segundo parlamentares, Cunha queria
checar se teria apoio dos partidos caso decidisse autorizar o impeachment. Nos
bastidores, aliados do presidente da Câmara mandavam recados ao Palácio do
Planalto de que ele iria deflagrar o processo de afastamento da presidente se o
Conselho de Ética desse andamento ao processo de quebra de decoro parlamentar
que pode cassar o mandato dele.
JUSTIFICATIVA DE CUNHA
Ao justificar a decisão de abrir o processo de impeachment,
Eduardo Cunha alegou que o argumento central que ele considerou foi o fato de
Dilma ter editado decretos liberando crédito extraordinário, em 2015, sem o
aval do Congresso Nacional. De acordo com o peemedebista, esses decretos, que
não foram submetidos ao Legislativo, somam R$ 12,5 bilhões. “Nesse particular,
entendo que a denúncia oferecida atende aos requisitos mínimos necessários, eis
que indicou ao menos seis decretos assinados pela denunciada no exercício
financeiro de 2015, em desacordo com a Lei de Diretrizes Orçamentárias e,
portanto, sem autorização do Congresso Nacional”, afirmou Cunha, na decisão de
autorizar o processo de impeachment.
O presidente destaca, no despacho, que há indícios de
participação direta de Dilma no suposto crime de responsabilidade, já que ela
própria assinou a liberação de dinheiro não previsto no Orçamento de 2015.
“Importante destacar que os seis decretos apontados foram
assinados pela denunciada, o que significa dizer que já indícios suficientes da
sua participação direta nessa conduta que, em tese, importa em crime de
responsabilidade”, argumenta o peemedebista. Eduardo Cunha destacou ainda que
Dilma agiu, ao liberar o dinheiro, como se a situação financeira do país fosse
de superávit (mais receita que despesa), sendo que depois enviou projeto
pedindo para reduzir a meta fiscal. “Também não ignoro ter o Poder Executivo
enviado ao Congresso Nacional projeto de lei alterando a meta fiscal de 2015,
porém, além de pendente de apreciação, mesmo se for aprovado, não altera a
realidade dos fatos: Até o presente momento, o Poder Executivo, comandado pela
denunciada, administrou o Orçamento de 2015 como se a situação fosse
superavitária, quando o déficit estimado pode chegar a R$ 100 bilhões”,
argumenta.
Cunha ressaltou ainda que não autorizaria um pedido baseado
apenas nas “pedaladas fiscais” cometidas em 2014, porque, para ele Dilma não
pode sofrer impeachment por atos cometidos num mandato anterior. “Os fatos e
atos supostamente praticados pela denunciada em relação a essa questão [atraso
de pagamento a bancos públicos] são anteriores ao atual mandato. Assim, com
todo respeito às opiniões contrárias considero inafastável a aplicação do § 4º
do artigo 86 da Constituição Federal, o qual estabelece não ser possível a
responsabilização da presidente da República por atos anteriores ao mandato
vigente”, disse o presidente da Câmara.
COMISSÃO ESPECIAL
Com a ordem de Cunha, será criada uma comissão especial na
Câmara com 66 deputados titulares e o mesmo número de suplentes. O grupo será
responsável pela elaboração de um parecer pelo prosseguimento ou arquivamento
do processo de impeachment. O relatório terá de ser apreciado pelo plenário
principal da Casa. Os parlamentares serão escolhidos de acordo com a
proporcionalidade das bancadas na Câmara. Será obrigatório assegurar a participação
de representantes de todas as legendas e blocos que compõem a Casa. Para ser
aprovado, o parecer dependerá do apoio de, pelo menos, dois terços dos 513
deputados (342 votos). Se os parlamentares decidirem pela abertura do processo
de impeachment, Dilma será obrigada a se afastar do cargo por 180 dias, e o
processo seguirá para julgamento do Senado.
Na entrevista coletiva desta quarta, Cunha confirmou que já
havia autorizado a criação da comissão especial. “Não falei com ninguém do
Palácio. É uma decisão de muita reflexão, de muita dificuldade. [...] Não quis
ocupar a presidência da Câmara para ser o protagonista da aceitação de um
pedido de impeachment. Não era esse o meu objetivo. Mas, repito, nunca, na
história de um mandato houve tantos pedidos de impeachment como neste mandato”,
ressaltou o peemedebista. No despacho que determinou a criação da comissão
especial, que se baseou nos termos do § 2º do art. 218 do regimento interno da
Câmara, Cunha ressaltou que Dilma será investigada pela prática de suposto
crime de responsabilidade.
Fonte: G1
esse empítima já era aguardado pela população brasileira que não suporta mais a situação insustentável deste país governado por incompetentes, corruptos e foras-da-lei.
ResponderExcluirEsperamos que se concretize, se não, já estamos governado por ditadores e uma assembléia bolivariana - Amém!
não vejo a hora de pinta a minha cara,i ir pras ruas.
ResponderExcluirnão vejo a hora de pinta a minha cara,i ir pras ruas.
ResponderExcluirO mal do povo brasileiro que ta sofrendo mais não larga ser linguarudos ... O cara pronto pra matar ESA diaba chamado Dilma o povo vai e cabueta o cara na porta esperando ela
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