'MUITOS ME CONDENAM POR TER LEVADO CASO À POLÍCIA', DIZ
AUTORA DA DENÚNCIA. EX-NAMORADO DE VÍTIMA E MAIS TRÊS JOVENS ESTÃO ENVOLVIDOS,
RELATA A POLÍCIA.
Imagem ilustrativa |
A mulher que denunciou à polícia o estupro coletivo sofrido
pela irmã, uma adolescente de 14 anos, diz que sofre uma série de retaliações
quando sai a rua. O crime foi cometido na cidade de Guaratinga, no extremo-sul
da Bahia, há cerca de três meses e foi filmado pelos suspeitos - o vídeo foi
divulgado em um aplicativo.
"Onde que eu passo todo mundo fica me olhando. Muitos
ficam me criticando. Alguns dizem que ela [a vítima] foi a culpada, a chamam de
vagabunda, e acham que estamos errados por ter denunciado os suspeitos. O meu
medo é que depois que eles [os suspeitos] saírem de lá [da cadeia] eles possam
fazer alguma coisa comigo e com a minha família", afirmou. "Tenho
receio de sair na rua, já que muitos me condenam pelo fato de ter levado o caso
à polícia. Na rua, fico apreensiva porque é um caso muito complicado",
acrescentou.
Dois suspeitos de envolvimento - um adolescente de 17 anos,
que teria namorado a vítima e que é apontado como mentor da ação, e um jovem
maior de idade - já foram localizados pela polícia e levados para delegacia.
Outros dois adolescentes, também menores de 18 anos e que teriam participado da
ação, já foram identificados, relatou a polícia nesta quarta-feira (30).
Segundo a autora da denúncia, que prefere não dizer o seu
nome, a irmã está assustada e não sai de casa. "Ela não consegue dormir
direito, não come, deixou de ir para a escola e vive chorando".
A denunciante informou que tomou conhecimento do estupro
coletivo após perceber que a irmã apresentava um comportamento estranho. De
acordo com a denunciante, antes do crime, a menina já vinha sendo ameaçada e
agredida pelo adolescente de 17 anos, com quem namorava, porque ele não
aceitava o fim do relacionamento. As ameaças, inclusive de morte, ocorriam
também via redes sociais, disse.
"Eles dois ficavam, mas depois ela falou que não queria
mais nada com ele. Foi então que ele passou a ameaçá-la. Ele dizia que era
louco por ela e ele chegou a obrigá-la a fazer sexo com ele várias vezes. Ele
dizia que, se ela contasse para alguém, iria bater nela e até atropelá-la
quando estivesse na rua. Eu descobri tudo através de uma rede social dela e das
conversas com ele", disse a parente.
Conforme a denunciante, após o abuso, a jovem não é mais a
mesma e que precisará de um acompanhamento psicológico. "À noite, a gente
encontra ela chorando no quarto. Tem muito medo, sobretudo de ele ser
solto", disse.
O delegado substituto Sinésio Vieira Júnior, que apura o
caso, tem ouvido testemunhas e que, em breve, os demais envolvidos serão
presos. "Estamos colhendo os depoimentos para esclarecer o caso por
completo", afirmou. Ele disse que o único jovem maior de idade que
participou do crime está preso preventivamente e que o adolescente suspeito de
ser mentor do estupro está apreendido na delegacia.
A vítima passou por exame de corpo de delito, na
segunda-feira (28), na cidade de Eunápolis. Não há informações sobre quando o
laudo deverá ser concluído. Segundo Sinésio Vieira, a vítima relatou em
depoimento que já tinha se relacionado com um dos suspeitos do estupro coletivo
e há cerca de sete meses sofre ameaças por não querer mais se envolver com ele.
"Nós imprimimos 88 páginas extraídas de uma rede social do suspeito em que
ameaçava a garota prometendo vingança, caso ela não tivesse relações com
ele", relatou o delegado. De acordo com Sinésio Vieira, a vítima não fez a
denúncia anteriormente por medo.
Há cerca de três meses, de acordo com Vieira, o adolescente
suspeito atraiu a garota para uma casa que estaria acontecendo uma festa e a
estuprou, juntamente com os outros três jovens. "Ele, mais dois
adolescentes e um adulto fizeram relações sexuais de todas as formas com a
adolescente, filmaram e divulgaram o vídeo no Whatsapp. Além dos vídeos, prints
das imagens também foram divulgadas por eles", disse.
Após a denúncia, o adolescente, sob acompanhamento do
Conselho Tutelar, foi conduzido para a delegacia, assim como o maior que foi
preso quando estava no trabalho, na sexta-feira (25). A adolescente está com a
família e vai passar por acompanhamento psicológico, disse o delegado.
Fonte: G1 BA
Um caso q pra quem é mãe como eu e outras mães sao sofre junto com vcs, mas ouvi meu conselho, cai fora daí, prq não dou uma semana pra esses vagabundos estarem soltos, e nem se quer a tal justiça avisam vcs, pois sabemos q infelizmente a justiça aqui em nosso país só funciona quando matam policial. Cai fora daí q justiça aqui e uma merda
ResponderExcluiradmiro o IRA como país por fatos como esse.. lá o sujeito que for pego por estupro está fudido....nao tem meu irmao é puliça,meu pai é juiz ,minha mae é desembargadora..se ferra na ponta da corda.. aqui,nesse paizinho de merda a coisa é inversa..a vítima fica acuada...eta terra de índio....
ResponderExcluirCASOS COMO ESSES SÃO LAMENTÁVEIS ....E INFELIZMENTE NEM TODOS OS CASOS SÃO DENUNCIADOS.FALTA INFORMAÇÃO PARA AS CRIANÇAS E ADOLESCENTES A RESPEITO DO ASSUNTO,QUANDO EU ERA CRIANÇA SOFRI ABUSO,MAS SÓ DEPOIS QUE FIQUEI ADOLESCENTE QUE ENTENDI QUE ERA ABUSO,ENTÃO NUNCA CONTEI PARA NINGUÉM POIS JA SE PASSARAM ANOS....E PIOR ERAM PESSOAS DA MINHA FAMÍLIA,HOJE NÃO CONVIVO COM ELAS,MAS QUANDO LEMBRO SINTO NOJO...AINDA NÃO TENHO FILHOS MAS QUANDO EU TIVER VOU ORIENTAR DESDE CEDO,POIS MUITOS PAÍS NÃO EXPLICAM AS COISAS PARA SEUS FILHOS POR ACHAREM QUE SÃO MUITO NOVOS PARA CERTOS ASSUNTOS,MAS ABUSOS TAMBÉM OCORREM MUITO CEDO.ESTOU CURSANDO NÍVEL SUPERIOR E PRETENDO USAR A MINHA HISTÓRIA PARA AJUDAR OUTRAS CRIANÇAS E ADOLESCENTES QUE SOFREM ABUSOS DE ALGUMA FORMA.ABUSO É UMA VIOLÊNCIA QUE POR MAIS QUE TENTAMOS ESQUECER ELA NÃO SAI DE NOSSA MENTE E UMA TORTURA PSICOLÓGICA CONSTANTE.
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