A assessoria de imprensa da Secretaria da Segurança Pública
(SSP) informou que a Polícia Civil confirmou que o desempregado Guilherme
Lozano Oliveira, de 22 anos, preso pela Polícia Militar (PM) na quarta-feira
(5) ao confessar ter matado a professora Kely Cristina de Oliveira, de 44,
também esfaqueou e matou Johni Raoni Falcão Galanciak, 25, há quatro anos.
De acordo com o site do Tribunal de Justiça (TJ) de São
Paulo, em novembro do ano passado,
Guilherme foi condenado pela Justiça a 15
anos de prisão em regime fechado pela morte do punk Johni ocorrida em 3 de
setembro de 2011, durante briga de gangues na Rua Cardeal Arco Verde, em frente
ao Carioca Club, Pinheiros, na Zona Oeste. Como respondia ao processo em
liberdade, ele não foi para a prisão, podendo recorrer solto da sentença.
Na última quarta-feira (4), no entanto, o mesmo Guilherme
foi detido em flagrante pela PM na Zona Norte, após denúncia feita pelo seu
próprio pai, o aposentado Marco Antonio Oliveira. Ele desconfiava que o filho
estivesse envolvido no desaparecimento da irmã, a professora Kely, e acionou os
policiais militares. A mulher estava sumida havia mais de um mês.
Segundo a corporação, sobrinho e tia moravam juntos no
apartamento dela, na Rua Acapuzinho, na Vila Medeiros. O pai suspeitava do
envolvimento do filho no sumiço de Kely porque o rapaz sempre se negava a
deixá-lo entrar no apartamento e quando atendia o telefone da residência dizia
que a tia havia saído ou não queria ver Marcos.
Foi o pai de Guilherme que parou um carro da PM, que passava
pela rua e apontou o filho como suspeito do sumiço da irmã. Quando os policiais
se aproximaram, o rapaz ainda tentou fugir de carro, mas bateu o veículo num
poste e foi detido na esquina da Avenida Júlio Buono com a Rua Major Dantas
Cortez.
O carro da polícia, que fazia a perseguição, acabou batendo
na traseira do automóvel.
Ainda de acordo com a PM, ele confessou que os dois
discutiram e enforcou a tia. Em seguida, segundo a PM, ele contou que cortou o
corpo de Kely. Um machado foi apreendido com Guilherme e passará por perícia
para saber se ele usou no esquartejamento. Os pedaços do corpo foram colocados
numa mala e em sacos plásticos, que acabaram
guardados e congelados dentro de uma geladeira.
Peritos do Instituto Médico Legal (IML) da Superintendência
da Polícia Técnico-Científica (SPTC) foram ao apartamento, onde recolheram os
restos mortais de Kely. A perícia irá realizar exames para determinar as causas
da morte da tia.
Esse crime teria sido cometido há cerca de dois meses. Para
os policiais militares, Guilherme alegou que não teve a intenção de assassinar
a tia, que a morte dela foi acidental. "Ele alegou que havia entrado em
luta corporal com ela, que acabou morrendo", disse a tenente Paula Helen
Gouveia da Silva.
Segundo a oficial da PM, apesar de Guilherme ter confessado
o assassinato da tia, a Polícia Civil o indiciou pelos crimes de ocultação de
cadáver, desobediência e acidente de trânsito. O caso foi registrado no 73º
Distrito Policial (DP), Jaçanã, mas deverá ser investigado pelo 39º DP, na Vila
Gustavo.
"Caberá à investigação dos policiais civis determinar
se ele é mesmo o autor do homicídio", disse a tenente Paula. "Não é
porque o rapaz confessou que ele cometeu mesmo o crime: é preciso que a
investigação produza provas contra ele. Por enquanto ele é suspeito".
Quando foi condenado em 2014 pelo assassinato do punk Johni,
Guilherme foi acusado de ser skinhead e integrar um grupo neonazista que
pregava a discriminação e intolerância a gays, negros, judeus e nordestinos. De
acordo com a denúncia feita pelo Ministério Público (MP), ele esfaqueou Johni e
fugiu após matá-lo.
Ainda naquela ocasião, outro skinhead, Fábio dos Santos
Medeiros, então com 21 anos, ficou ferido no confronto. A confusão entre os
grupos rivais de punks e skinheads ocorreu na rua em frente ao Carioca Club,
pouco antes da apresentação da banda de punk rock inglês Cock Sparrer.
Câmeras de segurança gravaram o conflito e ajudaram na
identificação dos envolvidos na confusão. Guilherme foi condenado por homicídio
duplamente qualificado (motivo fútil e meio cruel).
O G1 não localizou o advogado dele nesta quinta-feira (6)
para saber qual foi sua alegação a respeito da condenação por matar Johni. A
equipe de reportagem também não encontrou a defesa dele para saber o que tem a
dizer sobre a suspeita de matar a própria tia.
Como respondia ao processo em liberdade, Guilherme não foi
preso automaticamente após a condenação. Por decisão da juíza Eliana Cassales
Tosi de Mello, pode ficar em liberdade para recorrer da sentença condenatória
solto.
“Por já ter aguardado a essa sessão de julgamento solto,
pela inexistência de qualquer circunstância ensejadora da prisão preventiva
contida no artigo 312 do Código de Processo Penal, e nos termos do artigo 387,
parágrafo primeiro, do mesmo Código, poderá o Réu aguardar o julgamento de
eventual recurso em liberdade”, escreveu a magistrada na ocasião da condenação.
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Tô passada!! Que país é esse!! Como é que o cara faz e acontece e tá solto? Se roubasse uma galinha tinha sido linchado. Ò justiça desgraçada!!
ResponderExcluirIsso é Brasiiiil !
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