terça-feira, 25 de agosto de 2015

DILMA DIZ QUE ERROU AO TER DEMORADO A PERCEBER GRAVIDADE DA CRISE ECONÔMICA

EM ENTREVISTA, PRESIDENTE TAMBÉM LAMENTOU ENVOLVIMENTO DE PETISTAS COM CORRUPÇÃO NA PETROBRAS
BRASÍLIA - A presidente Dilma Rousseff admitiu nesta segunda-feira que “talvez” ela e a equipe econômica tenham cometido o erro de demorar a perceber o tamanho da crise. Dilma admitiu que “talvez” fosse o caso de ter adotado medidas corretivas ainda no ano passado, inclusive antes das eleições. Ela relatou que o governo levou muitos sustos, pois nunca previu uma queda tão brutal da
arrecadação. Para ela, no cenário econômico internacional, “o futuro é imprevisível”.
— Errei em ter demorado tanto para perceber que a situação era mais grave do que imaginávamos. Talvez, tivéssemos que ter começado a fazer uma inflexão antes. Não dava para saber ainda em agosto. Não tinha indício de uma coisa dessa envergadura. Talvez setembro, outubro, novembro — disse Dilma em entrevista ao GLOBO e aos jornais “Folha de S.Paulo” e “O Estado de S.Paulo”.
Mesmo assim, a presidente defendeu as políticas adotadas no ano passado, durante o período eleitoral. Lembrou que o governo sustentou o investimento, a taxa de juros de 2,5% ao ano, manteve a desoneração da folha de pagamento no valor de R$ 25 bilhões; e concedeu subsídios para todos os empréstimos de longo prazo realizados no Brasil (a juros baixos). Acrescentou que, em alguns casos, o governo não voltou atrás e citou a cesta básica. Explicou que adotou uma política para preservar o emprego e a renda, mas que essa política poderia ter sido reduzida gradativamente ao longo do tempo, adotando o que chamou de “escadinha”. Nesse caso, também se justificou:
A crise só foi ficar grave, grave mesmo, em novembro e dezembro (de 2014). Quando todos os estados da federação percebem que a arrecadação caiu.
Ainda sobre a economia internacional, a presidente Dilma disse que “o futuro é imprevisível”. As dificuldades, segundo ela, não ficarão restritas aos exportadores de commodities para a China, mas também afetam os países que exportam máquinas e equipamentos para aquele país. A política de industrialização da China foi acelerada, e todos os países estão perdendo arrecadação.
Nos países que compõem os Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), predominava a avaliação de que a crise seria superável, segundo a presidente. Mas depois do acordo entre Estados Unidos e Irã, que colocará de 2 a 3 milhões de barris petróleo no mercado, o primeiro-ministro Vladimir Putin, previu que a renda do petróleo vai afundar.
Ninguém podia imaginar — lamentou a presidente.
“Lamento profundamente”
Em relação à Operação Lava-Jato, Dilma declarou que não esperava que petistas e pessoas próximas ao partido estivessem envolvidas no escândalo de corrução na Petrobras. Ela afirmou que foi pega de surpresa com o escândalo, e que lamenta o que aconteceu. O GLOBO perguntou se Dilma imaginava anteriormente que militantes ou pessoas ligadas ao PT estivessem envolvidas no escândalo da Petrobras:
Não! — reagiu a presidente.
Questionada se fora completamente surpreendida, confirmou:
— Fui! Acho e lamento profundamente! Posso falar uma coisa. Eu sou a favor de uma coisa que o Márcio Thomaz Bastos dizia. Não esperem que sejam as pessoas a fonte da virtude. Tem que ser as instituições. As instituições é que têm de ter mecanismo de controle. É muito difícil. Integra a corrupção o fato dela ser escondida, clandestina e obscura.
Dilma não quis falar do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Esquivou-se dizendo que não tem opinião sobre qualquer pessoa. Para a presidente, quanto mais rápidas e efetivas forem concluídas as investigações melhor.
Prefiro não falar sobre pessoas. Eu estou budista. Hoje sou Dilminha paz e amor.
Sobre o escândalo de corrupção na Petrobras, garantiu que ninguém pode interromper o processo em curso no Judiciário e nos órgãos de investigação (Polícia Federal e Ministério Público). Essa postura, segundo ela, deve ser mantida mesmo que as investigações afetem a cadeia da indústria de óleo e gás e da construção civil.
Ao abordar as implicações políticas da crise, Dilma fez uma ironia quando os jornalistas lembraram que o ex-presidente Fernando Henrique sugeriu que ela renuncie ao mandato.
Sugerir é fácil!
A presidente procurou minimizar conflitos com o vice presidente Michel Temer e o ex-presidente Lula. Afirmou que quem tentar afastá-la de Lula não conseguirá. Disse que foi um desserviço ao país a bomba no Instituto Lula. Fez questão de afirmar também que suas relações com Temer são de lealdade, e que foi um sucesso o trabalho do vice na articulação política, pois foram aprovadas as medidas de ajuste fiscal. Mas sobre Eduardo Cunha se calou:
Dilma informou ontem que vai acabar com dez ministérios e que vai reduzir 1.000 cargos de livre provimento ou funções gratificadas. Explicou que o objetivo principal é racionalizar a máquina, mas que também haverá corte de gastos. Pois, se isso não ocorrer, essas medidas, segundo ela, seriam “demagógicas”.
Dilma se negou a dizer quais as pastas serão fechadas. Explicou que o estudo ainda está sendo concluído. Essa cautela decorre, segundo ela, do fato de será necessário uma composição política com os partidos. Pois mesmo os que são a favor da redução do número de ministérios podem ter algumas críticas sobre determinadas mudanças.
Todo mundo é a favor. Todas as torcidas são a favor. Uma reforma dessas não se faz dentro do gabinete, sozinha — explicou a presidente.
Essa redução das pastas, segundo ela, passará também por consultas à sociedade. O governo pretende ouvir os segmentos empresariais afetados pelas mudanças. Uma das metas é racionalizar a máquina e acabar com as sobreposições. Além de ministérios, serão extintas secretarias.
Minha meta não pode ser irracional — disse a presidente.
O objetivo do governo continua sendo retomar o crescimento, em dois ou três anos, antes das novas eleições presidenciais, em 2018. Segundo Dilma, um dos dados favoráveis nesse sentido é o que ela chamou de “embicamento” da inflação, e as políticas de investimento em logística e energia elétrica.
A estabilidade das instituições financeiras do país foi apontada pela presidente como um dos elementos positivos. Mas adiantou que as reformas vão continuar. Mudarão o PIS/Cofins, o ICMs, e o governo também quer reduzir gastos obrigatórios. A previdência social responde por 55% destes gastos, fruto de ter aumentado a expectativa de vida em 4 anos e meio, nos últimos 13 anos.

Fonte: G1

11 comentários:

  1. ESTE GOVERNO OPRESSOR JÁ PROVOCOU A REVOLTA DE TODA UMA NAÇÃO E CERTAMENTE SERÁ TIRADA DO PODER,MENTIU PRA GANHAR A POLÍTICA E AGORA ESTAR SEM RUMO E SEM PODER DE GOVERNAR,DILMA VOCÊ NÃO ME REPRESENTA.
    FORA.

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  2. eu me arrependo amargamente por ter votado nessa infeliz, fora Dilma vá procurar sua turma vá.....

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  3. E continua mentindo, sempre soube, agora aparece dando uma de santinha.

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  4. Todos sabiam , votaram nela? Agora aguenta, estamos sofrendo unicamente por causa do povo que votou no PT por 12 anos seguidos, será que um dia o povo vai aprender votar????

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  5. Kkkkkkkkkkkk ué cadê o 13 ISTÓRADOOOOO????
    Vocês que votaram no 13 e está tomando no CU é bom feito eu só lamento pelos que não votaram!

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  6. Bem feito pra quem voltou!!!! Agora pra ela sair de lá, só o povo sabendo votar!!!! Ela tem que ficar lá, até revolver concertar o Brasil!!!!

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  7. Pagando por um erro qui nao cometir....
    sabia do que vinha quando ela ganhor
    So lamento

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