Mohamed Mursi não é mais o presidente do Egito. O general das Forças Armadas do Egito, Abdel Fattah al-Sisi, disse nesta quarta-feira, em rede nacional de TV, que o líder islamita não respondeu aos anseios da população e o exército sentiu a necessidade de servir ao povo, afirmando que os militares
não "podiam ficar em silêncio" diante do que acontecia no país. Em seguida, anunciou que a Constituição do país está suspensa e que em breve serão convocadas eleições gerais. Enquanto isso, o presidente do Tribunal Constitucional Supremo assumirá provisoriamente a presidência. Logo após o anúncio, a milhares de pessoas reunidas na praça Tahrir - símbolo da revolução de 2011 que derrubou a ditadura de Hosni Mubarak - explodiram em festa. No bairro de Nasr City, onde milhares de partidários de Mursi o apoiavam, reinou o silêncio. O canal de TV da Irmandande Muçulmana, grupo do ex-presidente, saiu do ar após o pronunciamento do general. Sisi falou ao país depois de se reunir com o xeque da instituição islâmica de Al-Azhar, Ahmed al Tayyip, o papa copta, Teodoro II, o representante da oposição e vencedor do prêmio Nobel da Paz, Mohamed ElBaradei, e jovens do movimento Tamarrud. O plano para tirar o Egito da política inclui passos para administrar o país durante uma breve etapa interina, que será seguida por eleições.
Bahia Noticias
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