Em greve há mais de 30 dias os
professores das escolas públicas da Bahia continuam sua luta histórica pela
valorização da categoria, pela melhoria das condições de trabalho e pela
garantia de um padrão mínimo de qualidade para a educação baiana.
Por: REGINALDO DE SOUZA SILVA
A paralisação
conta com a adesão de aproximadamente 1.450 escolas da rede estadual, 37 mil
professores, 1,1 milhão estudantes e seus familiares.
Reginaldo |
Em greve, os professores pedem
apenas que o governo baiano cumpra o piso nacional de educação, que é de R$
1.451. Para tanto, é necessário que a salário atual seja reajustado em 22,22%,
percentual determinado legalmente. Até o momento, cerca de 5.210 professores
com formação em
nível médio ainda têm salário de R$ 1.187,90, piso extinto desde o mês de dezembro do ano passado. Entretanto, não se pode confiar em acordos com o governo do PT porque ele não os cumpre.
nível médio ainda têm salário de R$ 1.187,90, piso extinto desde o mês de dezembro do ano passado. Entretanto, não se pode confiar em acordos com o governo do PT porque ele não os cumpre.
O governo concedeu um reajuste
linear de 6,5% para todo o funcionalismo público e afirma que a reivindicação
dos professores não será atendida porque o estado não tem caixa para custear um
novo aumento à categoria. Além disso, o governo tomou medidas de “achatamento”
dos salários dos professores com formação em nível superior (licenciados),
argumentando que esses não precisam do reajuste salarial pois o salário-base já
é maior do que o piso nacional. Agindo dessa forma leviana o governo baiano não
reconhece outro direito básico do trabalhador que é de ter um plano de
carreira. Desta forma, formação e tempo de serviço dos professores, mesmo
reconhecidos socialmente e estabelecidos legalmente, para o governador da Bahia
não são relevantes. Se já está difícil achar quem queira ser professor, imagine
com essa ideia inaceitável de que o piso salarial não é mínimo, mas o máximo,
extinguindo a noção de carreira profissional!
Enquanto isso, para o mega evento
da copa do mundo, espaço de grandes negócios (e negociatas) não faltam recursos
na Bahia...
Ao que parece, com as práticas
dignas de qualquer governo de ditadura, o PT baiano afirma que o “diálogo”
(leia-se monólogo, pois nele prevalece as concepções do governo) com os
professores está suspenso, bem como os seus salários. Paradoxalmente,
assistimos nos dias atuais um Partido dos Trabalhadores desrespeitando os
direitos e “matando” os próprios trabalhadores de fome!
Quando a educação será
prioridade? Na terra de todos os santos e dos orixás, a educação nunca foi
priorizada nem por governos nem pela iniciativa privada. Resta agora a
intercessão da igreja católica! Porque nem mesmo na justiça temos essa
esperança.
Mesmo com toda base legal
estabelecida (Constituição Federal, Lei de Diretrizes e Bases da Educação,
Plano Nacional de Educação, Lei do Piso) apontando para a relação entre a
qualidade da educação e os salários dos professores, a justiça baiana, sem
conseguir enxergar o Caos da Educação no Estado, insiste em punir justamente
quem quer construir uma escola e educação de qualidade para todos: os
professores. Que justiça é esta que condena professores e não o governo Jacques
Wagner pelo desmantelo e abandono da educação estadual pública na Bahia?
Convido aos senhores componentes
da magistratura e os gestores públicos da educação (SERIN, SEFAZ, SAEB, CEE,
SEPLAN, CODES) que saiam de seus gabinetes confortáveis e com ar condicionado a
permanecerem algumas horas no interior de uma escola pública com: baixos
indicadores de qualidade (IDEB, prova Brasil, ENEM), falta de infraestrutura
adequada e de professores em quantidade e com formação em nível superior. Ou
melhor ainda, convido a que matriculem seus filhos e/ou netos nas escolas públicas
do estado como uma prova de que confiam de verdade em suas próprias decisões
quanto a educação da Bahia. E estendo o convite à Assembléia Legislativa que,
tutelada, conta com poucos legisladores com ética e honra suficiente para
aderir à luta por uma educação de qualidade na Bahia.
É bom lembrar que o próprio
ex-ministro da educação, Fernando Haddad, reconheceu que o valor do piso
nacional era irrisório. Reduzir, portanto, as possibilidades de ganhos mais
justos para os professores é declarar a falência da educação pública brasileira
que já vem sendo frontalmente violentada pelas ações irresponsáveis dos
governadores, prefeitos e legisladores brasileiros.
Uma certeza os professores do
Estado da Bahia têm: este governo irá passar e a educação permanecerá. Sendo
assim, alerto a toda sociedade (profissionais da educação, alunos, mães, a
comunidade, empresários, legisladores, a justiça, os meios de comunicação) que
fortaleçam a luta por uma educação de qualidade na Bahia, sabendo que essa não
se efetivará sem professores valorizados e respeitados.
Reginaldo de Souza Silva –
Doutor
em Educação Brasileira,
professor do Departamento de Filosofia e
Ciências
Humanas da Universidade Estadual
do Sudoeste da Bahia.
Email:
reginaldoprof@yahoo.com.br
Perdoe-me, senhor professor Reginaldo, por postar seu excelente texto no facebook da APLB Sindicato. Confesso ter abusado sem sua aquiescência, mas se faz necessário que todos leiam sua sábias palavras. Não deixei, entretanto, de identificar quem o fez.
ResponderExcluirDesculpe-me e obrigada pela preclara contribuição à nossa luta.
Nancy Ladeia.
govenadozinho ditador reduz o seu salario e as suas maracutaias para ver se vc quer ser governador
ResponderExcluirprofessores fazem greve e os prejudicados são os alunos
ResponderExcluirse as mães não buscarem a transferência para urgentemente matricular seus filhos em redes municipais seus filhos repetiram o ano .pois estamos já chegando no meio do ano.você vão deixar que seus filhos se prejudique?pois eu não .vou buscar as transferências das minhas filhas antes que seja tarde de mais.
Cara mãe, nós professores fazemos greve para reinvindicar um direito que é nosso.Sabemos que os alunos têm prejuízo, mas não somos nós os culpados: a CULPA é do governo da Bahia que teima em não negociar o retorno das aulas
ExcluirEste governador é uma vergonha para nosso estado.Por causa dele, não só os professores do estado, como também a população de São José do Colônia vem sofrendo desde que o mesmo, aprovou uma tal lei que destruiu o progresso de São José, colocando forasteiros para tomarem conta de um patrimônio que Itambé construiu com muita garra e responsabilidade e ainda permitiu que professores e demais funcionários(concursados para o distrito de São José), se deslocassem para trabalhar a quilômetros de distância, não se preocupando com a separação de várias famílias. Sejam firmes caros colegas! Deus está no controle!
ResponderExcluirSimples.
ResponderExcluirEm 2014,não votem nele e nem em quem ele indicar.
Cara mamãe que está tirando suas filhas da escola estadual que bom se você encontrar vaga.Pelo que entendir vc está contra os professores será que vc fosse uma simples professora primária não estaria em greve? provalvelmente não, pois quem sabe seu marido tem uma renda boa para lhe sustentar e quem depende deste mísero salário para sobreviver. Vc já deitou em seu travesseiro e já pensou o que pode está acontecendo com cada professor que esteve seus salários cortados e até o credecesta como está passando e quem sabe é um dos professores de suas filhas. Sinto muito mais acho que os pais deveriam está sempre do lado dos professores fazendo carreatas dando força sei lá fazendo algo para termos pelo menos o prazer de dizer que os alunos e os pais estão do nosso lado. Não temos culpa o único culpado é o tal corrupto deste governador que só pensa em se e que o resto se dane. Por favor população se junte a nós e vamos lutar porque nossos filhos precisa de um ensino digno. Vamos nos unir e fazer com este governador o que fizemos com Collor colocamos ele lá então vamos tirar isto é demogracia.Valeu colegas, vamos lutar e não desistir.
ResponderExcluirObrigado ,Professor Reginaldo por se aliar à nossa luta.Espero que o seu texto tão esclaredor arrebanhe mais adesões de apóio a nossa greve. Aparecida Ferreira
ResponderExcluirA GREVE CONTINUA.
ResponderExcluirUma vergonha que alguns professores do POLIVALENTE estao querendo boicotar o movimento.
Atenção alunos, NÃO haverá perca do ano letivo, não precisa pedir transferencia, todos terão direito aos 30 dias de ferias no final do ano LETIVO.
ESSES professores que estao querendo voltar sozinhos não estão pensando nos alunos, pois essas aulas (mal)dadas não contarão, e todos terão que ir novamente para a reposição no final do ano.
NÃO se deixem enganar por esses traidores do movimento., esses pprofessores que querem voltar de maneira tribulada agora, só estão preocupados com o dinheiro deles e não com os alunos.
QUERIAM GREVE NA MOLEZA? TODA GREVE TEM SUAS CONSEQUENCIAS, NÃO SEJAM FROUXOS E AGUENTEM AS CONSEQUENCIAS.
Infelizmente mãe, vc está apenas pensando na aprovação de sua filha ao fim do ano, esquecendo porem que deste jeito ela não terá uma educação de qualidade.Para q servirá um certificado de conclusão do ensino médio se sua filha será incapaz de concorrer a uma vag numa boa universidade por não stá preparada...com essa mentalidade a nossa Bahia ñ vai pra frente.
ResponderExcluireh enquanto nóis alunos se lasca né
ResponderExcluirestamos sem estudar por causa dessa pouca vergonha desse
governador jacques wagner
ele é tao bom que nao vem aqui em itapetinga pra dar satisfação
e o que vai fazer com os estudantes agente vai se atrasar nos estudos por causa desse corno é
isso nao pode somos humanos se for assim vamos fazer rebeliam porque precisamos estudar
que deus jogue um raio na caveça dele
só assim ele morre logo
essa porra nao resolve nada
nao tiro a razao dos professores mais
quem sofre é agente..
EU ACHO QUE JÀ ESTÁ MAIS DO QUE NA HORA DA POPULAÇÃO BAIANA TOMAR A SUA POSIÇÃO DIANTE DESSE DISCAZO COM A EDUCAÇÃO EM NOSSO ESTADO.NO FIM DESSA PROLONGADA GREVE QUEM VAI SER O MAIOR PREJUDICADO COM CERTEZA NÃO VAI SER O GOVERNO NEM MUITO MENOS OS PROFESSORES E SIM OS ALUNOS.NÃO BASTA A FALTA DE QUALIDADE NO ENSINO AINDA TEMOS QUE ATURAR ESSA QUEDA DE BRASSO ENTRE GOVERNO E EDUCADORES.
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