O Diretor Jurídico do Sindicato de Verdade JAMES SANTOS ALVES se encontra em conversação com a Diretoria da Empresa Vulcabrás/Azaléia para resolver o impasse gerando pela proibição da saída dos funcionários no horário de almoço.
O Sindicato de Verdade ao lado dos barraqueiros |
James - Diretor Jurídico do Sindicato |
Alguns funcionários reclamam que a comida da empresa é enjoativa, e por esse motivo, de vez em quando, dão uma variada e almoçam nas barraquinhas. “A gente também é filho de Deus, de vez em quando quer comer um espetinho, uma feijoada, um lanche, e lá do outro lado sempre tem.”
A empresa, para coibir o comércio das barraquinhas, tomou uma decisão radical, impedindo os funcionários de saírem no horário do almoço e jantar, gerando uma intensa revolta com essa proibição.
Barraqueiros e funcionários se revoltaram, procuraram então a Direção do Sindicato de Verdade. O Diretor Jurídico do Sindicato JAMES SANTOS ALVES entrou em contato com a empresa e após várias negociações conseguiu liberar outra vez os funcionários para saírem nos horários de
almoço e jantar e efetuarem suas compras nas barraquinhas lá colocadas.
almoço e jantar e efetuarem suas compras nas barraquinhas lá colocadas.
A Azaléia então não se deu por vencida, e procurou dificultar totalmente o comércio dos ambulantes, interditando o portão lateral, que dava acesso as barracas. Com isso os funcionários reclamam que tem que dar uma volta de quase 200 metros, o que tem atrasado o retorno ao trabalho.
Segundo os barraqueiros a Azaléia argumenta que a higienização do local não é adequada, porém eles se propuseram a uma adequação e mesmo padronização no local. Para James “O funcionário tem o direito de ir e vir e a empresa não pode proibir isso, nós do sindicato iremos procurar resolver essa situação rapidamente com a empresa, primeiramente pelo diálogo, e se esse não resolver iremos ter que tomar uma postura mais radical.”
CONCORDO QUE TODO MUNDO TENHA QUE TRABALHAR, MAS É UMA VERGONHA PARA NOSSA CIDADE,OS VISITANTES DEVEM FICAR HORRORIZADOS COM A FEIRA AMBULANTE QUE FICA EI EM FRENTE. NUNCA VI TANTA SUJEIRA, TANTO LIXO PELO CHÃO, PARECE A FEIRA DE SÃO JOAQUIM EM SALVADOR. NÃO ESTOU RECRIMINANDO PORQUE AS PESSOAS ESTÃO TRABALHANDO, MAS CADÊ A ORGANIZAÇÃO, E HIGIÊNE? A ENTRADA DA CIDADE É O NOSSO CARTÃO POSTAL. QUANTA BAGUNÇA VIU? DÁ NOJO VER ISSO IMAGINE COMER. TRABALHEM, MAS TENHAM HIGIÊNE.
ResponderExcluiressa feira na azaléia é pura porcaria, op ovo que é porco e come lá
ResponderExcluirpara o governo de quem fez o comentário da feira ambulante.mim diga uma coisa v/c já ouviu falar que álguem já encontrou barata enteira ,largata,gongo , cabelo, pedra, capim na comida ou mesmo já comeu algum alimento azedo,em pratos sujos .pois então eu já ouvi alguém falar que encontrou na comida da puras.eu já achei dois insetos nojentos .visualmente limpeza a pura tem iaí o que v/c mim responde?
ResponderExcluira fabrica não proibiu ninguém sair quem quiser sair em horário de almoço vai receber uma nota no qual será estabilicido o horário de saída, retorno p/ controle de quem entra e sai da empreza.
ResponderExcluirisso e muito errado tira quem ta trabalhando o pior si tivesse roubando como muitos q tem no nosso mundo
ResponderExcluirSe a Azaléia questiona a higienização do local é porque a coisa deve ser feia mesmo!!
ResponderExcluirGENTE A AZALEIA TÁ MAIS QUE CERTA, AQUELE CARA DO SORVETE DE 0.50 R$, ELE RECOLHE OS VASILHAMES SUJOS LEVA PRA CASA LAVA E REAPROVEITA. CENTENAS DE SALGADOS REESQUENTADOS E SEM CONDIÇAO DE HIGIENE NENHUMA. EU CONCORDO QUE O POVO NAO PODE FICAR PRESO! MAIS AQUELAS BARRACAS TEM QUE SER FISCALIZADAS PELA VIGILANCIA SANITARIA OU INTERDITADAS. QUANDO UM FUNCIONARIO TIVER MORRENDO NO HOSPITAL COM INFECÇAO INTESTINAL. QUEM VAI SE FERRAR É A AZALEIA. COMO SEMPRE. A AZALEIA TEM UM SINDICATO PRA FERRAR COM ELA. E COM A PREFEITURA? NAO TEM NINGUEM INCOMODANDO O PREFEITO PRA COLOCAR A VIGILANCIA SANITARIA PRA TRABALHAR. SABE PORQUE? O POVO SÓ SABE CRITICAR A "AZALEIA" QUE DÁ UM ALMOÇO DECENTE E O POVO SOH SABE RECLAMAR. PAGAM 10 CENTAVOS POR DIA E MUITOS COMEM MELHOR DO QUE EM SUAS CASAS. VAMOS APRENDER A VIVER GENTE.
ResponderExcluirSENHOR PRESIDENTE DO SINDICATO, VOCE JA PROCUROU O SR° JOSE CARLOS MOURA, PEDIU PRA ELE BOTAR A VIGILANCIA SANITARIA PRA TRABALHAR? NA HORA QUE UM DE SEUS ASSOCIADOS DA AZALEIA MORRER POR CAUSA DAS PORCARIAS QUE COMERAM NAQUELA POSSILGA DE FRENTE A AZALEIA, VOCES DO SINDICATO VÃO QUERER FERRAR A AZALEIA NÃO VAO?
ResponderExcluirGostaria de dizer para essa pessoas ai em cima que cartão postal??
ResponderExcluirQue cartão postal?
em vista daqueles buracos, em vista da d lama que reina na entrada da cidade aquela feira é apenas uma forma de se livrar da pessima comida da azaleia pois ninguem e obrigado comer a lavagem que ela serve nao.
Sei que tem muitas pessoas precisando de alimento porem aquele cardapio nojento que la se serve nao presta
olá tiago, trabalho na azaleia há 10 anos, ganho 1200 reais por mes na azaleia, e muitos dos dias da semana a comida é igual ou melhor que a da minha casa. sem contar que não é todo dia que tenho suco na minha casa ou sobremesa. pessoal vamos colocar o orgulho de lado azaleia soh falta nos dar a moradia e alguem sem o que fazer vem dizer que a comida é enjoativa. respeitem esta empresa que veio salvar nossa regiao. obrigado pelo espaço tiago.
ResponderExcluirKkkkkk Tiago Bottino deu pra ver ai quanto essa pessoa ganha?
ResponderExcluirLamento dizer companheiro mais se a comida de sua casa é pior que a da azaleia troque de esposa ou de secretaria porque faça-me o favor puxa saquismo demais é sobra.
Essa pessoa tem mais é que defender mesmo pois olha o salario 1,200 reais, e tem mais a fabrica tem como horario 1 hora de almoço significa dizer que esse tempo é do funcionario e o funcionario não pode ser obrigado a comer na fabrica pois se nao pode mais sair vai ficar coom fome??
que bom se todos la da azaléia recebecem o salário desse "chupa saco"...
ResponderExcluirvai ver é mais um que faz de seus conterraneos de escada,luta unicamente,tão só unicamente por ele mesmo!!!
esse tipinho não presta p/ viver em sociedade.
e mais grande adorador de injustiças:a azaléia não veio salvar ninguém!
ela paga e por sinal muito mau os serviços prestados pelos heroicos funcionários que tem o direito de ir e vir e comer onde bem entenderem!
quanto ao pessoal ambulante,que se adequem p/ melhor atenderem os seus clientes.
thiago akela puras so sabe servir pepino e ovo todos os dias , olha a azaleia eu estou com um pepino vc tem que resolver esse meu pepino , esse meu pepino , cacacai no pepino , cai no pepino
ResponderExcluirgostaria que a diretoria da fabrica relatase um documento de responsabilidade pelos os atos quer por vim aconteçer fora da mesma; e mande o presidente do sindicato assinar e rejistrar em cartorio. grato por sua atençao.
ResponderExcluirBah! Essa bahianada reclama de barriga cheia, se nós não tivéssemos trazido a fabrica pra cá, provavelmente essa maioria sem educação, estudo e qualificação, estaria trabalhando nas lavouras da vida, nas piores condições possíveis e sem direito a nada!
ResponderExcluirAdmitimos na fábrica pessoas que mal sabem escrever o nome, afim de dar uma oportunidade que talvez elas jamais teriam, e no fim, nós nos deparamos com tamanha balbúrdia e ingratidão para conosco!
Azaléia: Bom com ela, ruim, pior, péssimos em ela!
parabéns para James, ele é um cara decente viu. james veja lá direito esse ngócio das barracas véi, temos qu eter um meio termo, libera as barracas se elas entrarem no eixo, com limpeza e higiene, senão pau nelas.
ResponderExcluirparabéns para o sindicato pela luta em nossa defesa!
Essa 'feira da pititinga' é a coisa mais horrorosa que há. Cada um vem, traz uns cacarecos e se instala para vender e assim vai-se expadindo essa desordem geral. O povo é ignorante demais e não sabe que onde há progresso e evolução é porque houve organização que por sua vez gerou beleza. As pessoas só enxergam o momento delas e se negam a prever as confusões que surgem quando cada um faz o que quer e onde quer na maior anarquia sob a justificativa de que estão 'buscando o sustento'. Lembram como Salvador está com a 'cara' mais favelizada do Brasil? Pensem nas causas disso: a sujeira, a banalização e o desrespeito à ordem além da falta de educação do povo que causa imundície jogando lixo por onde passa. Dessa forma, ficou quase inviável tirar aqueles comerciantes de rua porque gera a maior polêmica. Lembram das prais de Salvador? Eram tantas barracas e ambulantes que não tinha lugar mais para pessoas civilizadas! Só havia gente da pior espécie sambando até o anoitecer enquanto cada um chegava e abri o porta-malas do carro com o som mais potente que o outro e aquilo virava a visão do inferno de tanta porcaria junto: bagunça e sujeira geram mais bagunça e mais sujeira e derrubam a auto estima de qualquer ser civilizado! Quem é de fora fala mal e nunca mais volta. Sou contra o comércio ambulante, sim. Tem que se ter outro recurso e o poder público tem que estar de olho nisso. Achei certíssima a decisão da empresa. Os funcionários devem se organizar e quem sabe conseguir que mudem a empresa que fornece a alimentação ou organizar junto com a Azaléia um cardápio viável e bom p todos. Todos sabemos que a apresentação é muito importante e que clientes levam em conta o que vêem na primeira impressão. Se eles não renovarem contrato por causa da 'apresentação' duvidosa da fábrica ela vai acabar fechando. Isso é bom para alguém? Então cuidem! Fica a sujestão e o aviso.
ResponderExcluirA pura tem dois refeitórios, um é para gerentes e o outros para os operadores certo.se ele pois os gerente para comer em um restaurante diferente é prova que o operado tá comendo "mau,mal"e e mal com l e com u.vou comer la na pura pra ver vai...
ResponderExcluirVc diz isso Gaúcho, porque deve ficar com um chicote na mão só mandando nas costas de proletários. E outra coisa, trabalhei ou melhor, vegetei ai no começo, hj estou em outro estado e estou muito bem de vida. Não precisamos desses ditadores e aproveitadores para nossa cidade, vc citou que admite pessoas que mal sabem ler não é? Coitados, pq pessoas que tem educação não caem nesta cilada. Então não fique por aí escrevendo em um blog e usando termos que indique preconceito quando diz: "Bahianada" para o seu conhecimento vc pode até responder processo.
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ResponderExcluirvoces que criticam a comida da azaleia, no dia que ela for embora daqui e deve ir. voces terão o lixao pra procurar comida. muitas pessoas no mundo a fora passando fome e vcs nao valorizam a riqueza que tem. me desculpem esqueci que esses ignorantes não leem e nem assistem jornal.
ResponderExcluirVocês pagam uma mixharia pra comer o mÊs inteiro e ainda recebem uma cesta básica...parem de reclamar de barriga cheia.
ResponderExcluirÉ raro entrar nesse blog, mas quando quero saber à quantas anda Itapetinga,dou uma olhadinha nessa página, e por sinal seu autor está de parabéns...
ResponderExcluirposto este comentário, não para questionar as opções alimentares da fábrica e nem quem deve comer ou não na "feirinha", mas posto esse comentário pela profunda indignação de outro comentário que vi acima, que perece ser de um "gaúcho".
Não é mentira que a Azaléia trouxe muitas melhorias para nossa cidade, isso é inegável; temos até sindicato agora! Mas daí, sermos chamados de Bahianada sem educação, isso me feriu profundamente, como baiana legítima que sou; sei que não devo retaliar esse senhor, pois me igularia a ele, mas devo lhe lembrar que em seu estado (RS) também ha lavouras, e pessoas que trabalham nela e que tem analfabetos também, pessoas sem educação idependente do sotaque ser diferente e por quem foram colonizados; devo lembrar a ele também, que quando dizemos algo, tomamos cuidado em não ferir e nem ofender a ninguém sendo pejorativo e nem preconceituoso...como diz o senhor acima, isso realmente dá processo, provavelmente por isso ele postou como anônimo, isso é uma falta de RESPEITO!
Muito obrigada pelo espaço!
me chamo Meime Gabriela Andrade, e não tenho o porque de me esconder, ao contrário desse senhor que nos xinga, mas sobrevive às nossas custas, ou seja, às custas de nosso estado (BAHIA) de "baianos" ou "baianada"... e não do seu estado, talvez com medo de lá ter que voltar a trabalhar na lavoura novamente.
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ResponderExcluirThiago, seu blog é sério e creio que você não vai ficar aprovando comentários como este acima com palavrões e ofensas de um baiano doente por defender uma pessoa que trata o povo baiano como se fossem inferior a sua raça. Para você que escreveu o comentário acima xingando o povo baiano; continue assim meu caro amigo e escreva um monte de besteiras e afundando a nossa origem, não coloca o nome porque tem medo?
ResponderExcluireu concordo com a azaleia,mais não pode prender as pessoas e quem trabalha ali são pais dwe família,que necessita de ganhar seu dinheiro.teria que ter uma fiscalização pra deixar só aquelas pessoa que tem alvará,pois eu tenho plena convicção que existe higiene,em tudo que essas pessoas fazem.
ResponderExcluirazaleia não pode proibir ninguem de comprar o que quer comer,niguem tem culpa se os lanches são mais gostosos e o povo gosta.tem que comer mesmo
ResponderExcluirEntro aqui indignada com o tom pejorativo e ofensivo com que os intelectos pseudos "anonimos", se ofendem uns aos outros e envergonham tanto o povo baiano como brasileiro. Nem me interessa a briga Azaleia X Barracas.
ResponderExcluirComo baiana me orgulho de ser descendente de lavradores. Como uma Ex consumidora Azaleia me pergunto por que a empresa simplesmente nao entregou o caso as autoridades sanitarias ao inves de incitar esta batalha preconceituosa e irracional.
Tenho pena das maes insultadas que geraram estes machos anonimos corajosos ao xingar e covardes em se expor. Tenho pena da imagem da Azaleia ser ofuscada por esta briga tosca.
Aos dirigentes da Azaleia eu gostaria de dizer que lamento que tanto sucesso esteja sendo ofuscado pela falta de Respeito. Nao se esquecam que descalso ainda se vai ao longe e gracas a Deus que o povo baiano sabe tirar o alimento da terra porque com fome nao se chega a lugar nenhum!
O que nao falta e puxa saco nesse blog a comida e ruim e ponto final.Se quiserem eu sei como descobrir de onde esse "gaucho" postou o comentario, ele nao adianta falar em analfabetismo por que eles sao os maiores analfabetos ser apadrinhado nao significa que sao inteligentes ou sao ?? e pra esse burro do ultimo comentario a empresa veio pra cidade nao foi bondade dos gauchos nao, foi mao de obra barata, recursos federais, estaduais e municipais e varios outros incentivos, olhe na frente da fabrica os outdoors falando dos recursos atribuidos a empresa pra ela instalar na cidade.Concerteza deve ser mais um daqueles puxa saco que fica na beira da churrasqueira queimando os dedos pra assar carne pra marmanjo em troca de migalhas de dinheiro e sobras de costelas.
ResponderExcluiro sindicato ajudou a todos...agora basta os barraqueiros,funcionarios e a empresa se organizarem juntos com a prefeitura.
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ResponderExcluirNÃO QUERO SER BAIANO (POR UM GAÚCHO`)
ResponderExcluirMe chamo Elilson Cabral, sou de uma pequena cidade no interior do Rio Grande do Sul, chamada Capão da Canoa, e estava cansado em ouvir falar dos baianos e de sua “Vasta Cultura”. Não suportava mais ouvir nos veículos de comunicação o quanto a Bahia era perfeita, suas praias paradisíacas, seus artistas infindos, cansei de ouvir: Baiano não nasce, estréia. Olhava pro rosto do povo Rio Grandense e via neles tanto ou mais “cultura” que nos baianos, a Bocha, a Milonga, a Guarânia, o chimarrão e não só as danças, ritmos ou indumentárias, mas toado sentimento que exalava do nosso cotidiano. “Cultura”, isso nós tínhamos, e tínhamos mais e melhor, afinal o que o mundo via na Bahia que não via em nós?
Resolvi então descobri o que é que a Bahia tem. Tirei dois anos da minha vida para conhecer a Bahia e toda sua “Cultura”, para poder mostrar pra o Brasil que existimos e que somos tão bons quantos qualquer outro brasileiro.
No dia 03 de Outubro de 1999 desembarquei no aeroporto Luiz Eduardo Magalhães, e logo de cara ao contrario de baianas com suas roupas pomposas e suas barracas de acarajé, dei de cara com um taxista mal humorado porque tinham lhe roubado o aparelho celular, começava então minha árdua luta pra provar que baiano como qualquer um outro brasileiro nascia de um ventre e não de traz das cortinas.
Alguns quilômetros à frente já estava tentando arrancar do taxista as informações que podessem servir de base para minhas teorias, afinal eu precisava preencher uma serie de lacunas sobre os baianos e suas “baianíces”. Seu Ivo, era como se chamava o simpático taxista falava sem parar, com uma voz de ritmo pausado e sem pressa para me explicar, ia ele contando-me toda historia de salvador e sua política:
- Ah! Essa política é uma “fuleiragem”, é sempre eles nos roubando e agente votando nos mesmo sacanas que nos roubam.
Me chamou a atenção como ele não media palavras para definir os seus governantes. Mas até então nada na Bahia me encantara, nada de magia, nada de beleza. Chegando no hotel onde ficaria durante esse período fui então programar minhas estratégias e resolvi logo ir ao local mais badalado da Bahia, O pelourinho. Chegando no bairro mais uma vez nada de surpresa, casas antigas, pessoas e cabelos, trançados, espichados, alisados, pintados, enfim, coisas da Bahia. Senti um cheiro muito forte de dendê (ao menos eu achava que era dendê), nunca sentira aroma igual. Então avistei numa varanda pequena uma senhora e duas crianças que brincavam de aprender a fazer acarajé, parei e fiquei olhando tentando colher informações para meu “dossiê”.
- Entra seu moço!
Foi o que logo ouvi, meio sem jeito fui logo pra perto do fogão, o cheiro era cada vez mais forte e envolvente.
- O senhor quer uma?
- Claro!
Ia perder a oportunidade de comer a iguaria baiana mais famosa e poder dar meu parecer a respeito? Jamais. Dei a primeira mordida e sentir-me como se tivesse numa fornalha, aquilo queimava, ardia e pasmem era muito gostoso, tentava parar de comer, mas quanto mais tentava mais me lambuzada com aquele recheio que eles chamavam de VATAPÁ. Delicioso!
Enfim a Bahia tem algo de bom, mais é isso que encanta na Bahia? Bem vou encurtar minha historia para que vocês leitores do Itapetinga Agora não fiquem entediados.
NÃO QUERO SER BAIANO (POR UM GAÚCHO) CONTINUAÇÃO ....
ResponderExcluirPassei dois anos viajando por toda Bahia, suas praias paradisíacas, ouvindo e vendo seus artistas, e saboreando de sua cultura e consegui chegar a um denominador comum, consegui alcançar o tanto procurava. Enfim os baianos não são melhores que nós Gaúchos, na realidade somo até mais civilizados que eles, porém, uma coisa nesses dois anos me chamou a atenção, vou dizer-lhes qual foi. Ao voltar para minha linda cidade no interior do Rio Grande do Sul sentir-me como se estivesse pousado no meu planeta, e logo escrevi um artigo pra uma revista falando da minha “descoberta” e depois de publicada fique de bem comigo mesmo e com minha terra, agora sim estou leve.
Agora sim?
Ainda não!
Passei os meus dias tentando entender porque sentia tanta falta da Bahia, porque sentia falta de meu vizinho Dorgival, do rapaz que passava vendendo sacolé, do João da barraca de água de coco, meu Deus porque esse vazio? Foi então que descobri o que é que a Bahia tem. Sem pretensão de ofender os meus, digo-lhes que, jamais verei nos sorrisos gaúchos a beleza da sinceridade baiana, jamais sentirei nas percussões de cá o pulsar dos meninos negros de pés descalços que “oloduavam” sem ter medo da dureza futura, jamais terei no abraço de meus parentes o calor que sentia ao ser abraçado pela vendedora de cocada de araçá que toda tardinha teimava em insistir pra que eu comprasse mais uma, jamais sentirei nos territórios daqui o cheiro de dendê, puxa o dendê que nem mesmo sabia o seu cheiro e o reconheci assim, de pronto, queridos conterrâneos, na nação de lá eles andam descalços mesmo os adultos e não é por não terem calçados, eles gostam de viver assim, a chuva não é apenas suprimento e fartura, é diversão, quantas vezes corri pela chuva com o André, filho de Dna Zete, seguindo o caminho que ela fazia no meio da calçada. Amigos, naquela nação os cabelos são como roupas, as roupas são como armas e as armas são os instrumentos, que levam uma multidão para uma batalha que dura 7 dias e que sempre acaba em vitória para ambos os lados, uma cabaça é motivo de festa, um fio de arame motivo pra luta (de capoeira), dois homens juntos é motivo pra samba, pagode, e festa. E pasmem queridos patrícios, eles trabalham, e muito, no tabuleiro de cocada, na frente de um volante, com uma baqueta nas mãos, trabalham sim.
Não quero ser baiano! Sou gaúcho! Sou brasileiro! Mas nunca imaginei que conheceria um Brasil que jamais pensei achar exatamente na Bahia, exatamente lá, do outro lado, na outra nação. Não quero me separar deles, não quero perder o direito de dizer que sou brasileiro e que tenho a Bahia como pedaço de mim. Não quero ser baiano, mas mesmo assim não consigo não ser.
Jamais saberia que seria necessário ir a Bahia para conhecer o Brasil.
Elilson Nunes Cabral Filho
Jornalista
Parabéns Elilson Nunes!!
ResponderExcluir"Passei os meus dias tentando entender porque sentia tanta falta da Bahia, porque sentia falta de meu vizinho Dorgival, do rapaz que passava vendendo sacolé, do João da barraca de água de coco, meu Deus porque esse vazio? " Pára que é feio... auauahuahahuauahuaa
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