A equipe do Fluminense não fez uma boa partida contra o rebaixado Guarani neste domingo. No entanto, aos 17 minutos do segundo tempo, Émerson estava na hora certa para fazer o gol (1 a 0) que interrompeu um jejum de 26 anos sem conquistar o Campeonato Brasileiro.
Com apenas um ponto a mais que o vice-líder Corinthians, o Fluminense entrou no Engenhão com a responsabilidade de fazer a lição de casa ante o ‘franco-atirador’ Guarani – já rebaixado para a Série B e
brigando por nada.
Durante os primeiros minutos, o Guarani, em meio à polêmica da ‘mala branca’ (possível incentivo do Timão e do Cruzeiro para complicar a vida do Flu) deu provas de que não aliviaria para o Fluminense. Desde o apito de Carlos Eugenio Simon, os jogadores partiram para cima e não tiraram o pé em nenhuma dividida. Enquanto isso, o time da casa não conseguiu esconder o nervosismo. Passes errados, dificuldades para dominar a bola e ligações diretas para o ataque evidenciaram a pressão em cima dos jogadores.
Sem conseguir penetrar na defesa do Bugre, os tricolores apostaram em um fundamento: a bola área. Aos nove minutos, o argentino Conca cobrou falta dentro da área, o zagueiro Gum dominou, mas, na hora da conclusão, foi abafado pelo goleiro Émerson.
Pouco incisiva, a equipe de Muricy Ramalho só voltou a oferecer perigo aos 27 minutos. Em outra bola alçada pelo argentino Conca, Fred fez todo o movimento, mas cabeceou longe do gol.
Forte na zaga, o Guarani começou também a assustar o Fluminense. Além das boas arrancadas do lateral direito Apodi, o Bugre criou a principal chance da primeira etapa. Aos 39 minutos, o zagueiro Maycon desviou cruzamento e Reinaldo, livre, quase aproveitou. O lance calou o Engenhão.
O baixo rendimento e o nítido nervosismo fizeram com que a torcida tricolor não aprovasse o primeiro tempo do clube das Laranjeiras. A equipe foi para o intervalo sob alguns focos de vaias.
Na segunda etapa, a conversa no vestiário acordou os “Guerreiros”. A postura, pelo menos, foi outra. O time voltou bem mais ofensivo, contudo as dificuldades em furar o ‘paredão’ do Guarani (que foi escalado com três zagueiros pelo técnico Vágner Mancini) persistiam.
Com o objetivo de aumentar o poder de foco de seu time, o técnico Muricy Ramalho resolveu apostar em Washington, atravessando um jejum de 14 jogos sem marcar. Apesar da má fase do atacante, a fórmula surtiu efeito.
Aos 17 minutos, o “Coração Valente” desviou cruzamento de Mariano e, na sequência, Émerson balançou as redes do Guarani e colocou um fim na apreensão da torcida do Fluzão.
Com o tento, o Flu ficou bem mais solto e conseguiu ficar mais com a posse de bola. No entanto, a confirmação do título insistiu em não sair. Mesmo com a entrada de Rodriguinho, o Tricolor não fez o segundo gol e o grito de “é campeão” só pode ser ouvido com o apito final.
Festa no Engenhão! O Fluminense encerra um fila de 26 anos (o último título foi em 1984) e mantém o título nacional no Rio de Janeiro.
Por: GAZETA ESPORTIVA
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