sexta-feira, 5 de novembro de 2010

MAIORIA DOS GOVERNADORES ELEITOS QUER VOLTA DA CPMF.

Praticamente todos os que defendem recriação de um imposto nos moldes da contribuição extinta em 2007 são da base governista, dos quais cinco do PT e seis do PSB; no bloco oposicionista, só o mineiro Anastasia se disse favorável à iniciativa.
confira a posição de cada governador sobre a CPMF
BRASÍLIA - A maioria dos governadores eleitos em outubro defende a recriação de um imposto nos moldes da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF), extinta pelo Senado em 2007. Apenas seis governadores de oposição - dois do DEM e quatro do PSDB - disseram ser contra a medida. Mesmo assim, um tucano, o mineiro Antonio Anastasia, está entre os 14 que se manifestaram a favor da volta do imposto do cheque.
O Estado procurou os 27 governadores que continuam no cargo ou tomam posse em janeiro. Dois não foram localizados e cinco não se manifestaram. Entre esses está o alagoano Teotonio Vilela, que em 2007 chegou a dizer que “todos os governadores do PSDB” queriam a aprovação da CPMF. Os cinco petistas eleitos apoiaram a iniciativa.
Ontem, Anastasia lembrou que “a maioria esmagadora” dos governadores se posicionou a favor da manutenção do tributo em 2007, derrubado pelo Senado na principal derrota no Congresso sofrida pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. “A saúde é a chamada política pública de demanda infinita”, disse o mineiro, que esteve ontem com o senador eleito Aécio Neves (PSDB) em Caeté (MG).

MOBILIZAÇÃO - O novo movimento em prol de um tributo para financiar a saúde pública tem à frente os seis governadores eleitos pelo PSB, partido da base de apoio de Lula. Um dia depois de a presidente eleita Dilma Rousseff ter defendido novos mecanismos de financiamento para o setor, os socialistas lançaram sua mobilização, em reunião da Executiva Nacional em Brasília.
“É um sacrificiozinho muito pequeno para cada brasileiro em nome de um grande número de brasileiros que precisa dos serviços de saúde e precisa que esses serviços sejam de qualidade”, afirmou o governador reeleito do Ceará, Cid Gomes.
Cid Gomes defende a regulamentação do artigo 29 da Constituição (conhecida como Emenda 29), que obriga União, Estados e municípios a investirem mais em saúde, e também a aprovação do projeto que cria a Contribuição Social da Saúde, a CSS, com alíquota de 0,10% sobre as movimentações financeiras.
Ambas estão paradas na Câmara dos Deputados. “A vantagem desse projeto é que se trata de uma contribuição para a saúde dentro de recursos que já existem”, disse o governador reeleito do Piauí, Wilson Martins.
O presidente nacional do PSB e governador reeleito de Pernambuco, Eduardo Campos, mostrou-se um dos mais empenhados. Pelos cálculos dele, o subfinanciamento do setor chega a R$ 51 bilhões. “Essa é uma questão que está na ordem do dia. Se precisar ser em parte ou totalmente a CPMF, vamos fazer isso. Depois que baixou a CPMF, não vi cair o preço de nada”, disse o pernambucano.
A mobilização, no entanto, não é consenso dentro do PSB. Deputados eleitos temem o prejuízo político de aprovar a instituição de um novo tributo. “O medo é aprovar a CPMF, o ônus cair para o Parlamento e daqui a um ano o dinheiro não ir para a saúde de novo”, afirma o deputado Júlio Delgado (PSB-MG).
Reforma. O senador Renato Casagrande, eleito governador do Espírito Santo, foi o mais cauteloso ao falar sobre a iniciativa. Ele ponderou que a criação de tributos deve ocorrer dentro de uma reforma tributária. “Você onera de um lado e desonera de outro.”
Os governadores eleitos pela oposição, como Geraldo Alckmin (PSDB-SP) e Beto Richa (PSDB-PR), também lembraram a urgência da reforma tributária como justificativa para questionar a simples criação de mais um tributo. “O mais urgente é discutir o modelo tributário de maneira mais ampla”, disse Alckmin. “É preciso resolver o grave problema do subfinanciamento da saúde, mas o ideal é evitar a criação de tributos.”

Fonte: Jornal o Estado de São Paulo

9 comentários:

  1. Será que esses políticos não vêem que a gente já paga imposto demais? Estão achando pouco, é? Deus é mais! E a gente ainda elege essa raça!

    ResponderExcluir
  2. Leonardo Porto Alegresexta-feira, 05 novembro, 2010

    É isso aí Baianos, vcs que se deixaram vencer pelas promessas do PT agora fazem a nós gaúchos e sulistas (onde o Serra ganhou nas urnas) engolir mais um imposto que com certeza não será usado na saúde.
    Quantos outros impostos que pagamos com promessas de se investir num setor e acabam sendo desviados? (vide IPVA)
    A CPMF tem basicamente dois destinos, a vorocidade nos gastos publicos (necessidade de sustentar cargos públicos, mensalão etc) e a necessidade de controle das nossas contas bancárias (não se enganem, a CPMF é usada pela receita federal para controlar a movimentação financeira nas nossas contas correntes, o obejtivo é a malha fina, ter de dar explicações ao leão, perder tempo e dignidade)
    Meus parabéns, obrigado por eleger uma mulher que fez sua vida política no RS. E nós do RS, repudiamos a mesma nas urnas, repudiamos pois conhecemos seu passado e conhecemos suas intenções.

    ResponderExcluir
  3. Olha, nada de novo nesse ponto, quem votou no PT sabia das intenções arrecadatórias do PT.(pois o Lula já mencionou várias vezes isso)
    Difícil é acreditar que este imposto realmente será usado na saúde.
    Com certeza o destino será outro, vide a preocupação do PT em trazer de volta esse imposto, custe o que custar.
    Essa conversa de que o imposto será aplicado na saúde é para se ter apoio da ignorância do povão.

    ResponderExcluir
  4. muito bm Leonardo.
    agora tome chicote... povo brasileiro!
    já pagamos um absurdo para ter uma CNH,ter um veículo,IPVA, colocar conbustível, para comer, enfim tdo...
    antes falavam em uma reforma tributária, agora em nos enforcar mais ainda com mais impostos.
    ISSO É PARA APRENDERMOS A SER PENSANTES E NÃO MARIONETES DE NINGÉM! ISSO É O TIME DE LULA!

    ResponderExcluir
  5. poise não é hora de reclamar vcs elegeran governantes petistas agora é hora de se submeter seus candidatos infelizmente pessoas que são contra tenha que pagar pelo erros de vcs

    ResponderExcluir
  6. Leonardo, não foi só na Bahia que ela ganhou! Aqui em Itapetinga, por exemplo, ela foi derrotada. Inclusive, sem os votos que teve na Bahia, ela seria eleita da mesma forma.
    Infelizmente, as pessoas tem a mania de jogar a culpa de tudo de ruim para os baianos e nordestinos em geral. Se já não bastassem as declarações preconceituosas da paulista, estudante de Direito, Mayara Petruso no twitter, agora vem essa sua aqui.
    Nem todo BAIANO votou 13! Assim como nem todo sulista votou 45. Não vamos generalizar porque isso além de ser muito feio, é preconceituoso.

    ResponderExcluir
  7. se realmente esse dinheiro fosse aplicado nas aréas destinadas seria muito bom, pena que o desvio é muito grande, precisa uma fiscalização eficiente para que esse dinheiro seja aplicado corretamente.

    ResponderExcluir
  8. SERÁ QUE ESSES POLÍTICOS SAFADOS NÃO SABEM QUE O BRASIL É UM DOS PAÍSES ONDE AS PESSOAS MAIS PAGAM IMPOSTOS? E AINDA QUEREM VOLTAR ESTE ASSALTO A MÃO ARMADA, QUE É A CPMF. NÃO JUSTIFICA USAR A SAÚDE PARA QUERER VOLTAR ESSA DROGA. LÓGICO QUE ESSE DINHEIRO NÃO IRÁ PRA SAÚDE. SÓ FAÇO UMA PERGUNTA PARA ESSES POLÍTICOS VAGABUNDOS: POR QUE ANTES TINHA A CPMF E A SAÚDE ERA UMA MERDA, ASSIM COMO É HOJE? SE RESOLVEREM, A POPULAÇÃO DEVE SE MANIFESTAR VORAZMENTE. LÓGICO, SEM VIOLÊNCIA.

    ResponderExcluir
  9. itapetinguense morador em são paulo.terça-feira, 09 novembro, 2010

    temos que tomar vergonha na cara, se nós colocamos eles no cargo, temos que pedir o imptima deles e dar um basta nesses governadores corruptos, na hora de pedir votos são bonzinhos promete o mundo depois querem dar um golpe em todos eleitores, eles deveriam ter vergonha na cara e esquecer dessa talde cpmf.

    ResponderExcluir

Comentários sem o seu NOME não serão aprovados

MATÉRIAS ASSINADAS , com FONTE, são de responsabilidade de seus autores.

contatos blog: whats: (77) 98128-5324

Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.