OS POLICIAIS SE ENCONTRAM ACAMPADOS EM BRASÍLIA E SÓ IRÃO SAIR APÓS A VOTAÇÃO DA PEC .
Mais de 200 policiais e agentes de segurança penitenciária invadiram o salão verde da Câmara dos Deputados na noite desta terça-feira. Eles reivindicam a votação de propostas de interesse das categorias.
A invasão aconteceu por volta das 20h,de terça (17), assim que terminou a sessão do dia. Dezenas de manifestantes se acumularam na porta de vidro, junto ao corredor que liga o plenário às salas de comissões. Diante da panela de pressão, a polícia legislativa da Câmara reagiu com spray de pimenta e choques elétricos para conter o grupo. Os manifestantes negam ter reagido com violência.
As categorias defendem a aprovação das propostas de emenda à Constituição 300 e 308 - a primeira fixa o piso salarial para policiais e bombeiros nos estados e a segunda reconhece os agentes penitenciários como polícia penal.
O presidente do Sindicado dos Funcionários do Sistema Prisional de São Paulo, João Rinaldo Machado, disse que a invasão foi motivada pelo descumprimento de um acordo entre a categoria o líder do governo, Cândido Vaccareza (PT), e o presidente da Câmara, Michel Temer (PMDB-SP).
“Devido à queda de braço entre governo e oposição, eles faltaram com a palavra e não colocaram em votação o texto da PEC como havia sido combinado”, disse Machado.
O presidente da Confederação Brasileira de Trabalhadores de Policiais Civis (Cobrapol), Jânio Bosco Gandra, afirma que os policiais pretendem acampar no local. “Não vamos sair. Se a polícia vier, vamos deitar no chão”, disse.
De acordo com o coordenador do movimento em prol da PEC 308, Fernando Anunciação, o grupo não
tinha intenção de "criar confusão" com os policiais legislativos.
tinha intenção de "criar confusão" com os policiais legislativos.
“Depois de uma reunião com integrantes do movimento, nós decidimos acampar em frente ao Plenário como forma de protesto. A gente queria um ato pacífico, mas a polícia não deixou a gente entrar e houve o enfrentamento”.
O coordenador conta que veio de Mato Grosso do Sul junto a um grupo de 60 agentes penitenciários. Segundo ele, os gastos com ônibus, alimentação e estadia chegaram a mais de R$ 25 mil, pagos pelo Sindicato dos Agentes Penitenciários.
O coronel Adalberto Rabelo, da Polícia Militar do Rio de Janeiro, defende a aprovação da PEC 300. Ele diz que o grupo aderiu ao movimento assim que soube da invasão. “Nós somos amigos deles. Quando vimos que eles vieram para o salão verde, resolvemos nos juntar”.
fonte: IG Brasília
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