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quinta-feira, 8 de julho de 2010

SENADO APROVA PEC QUE PREVÊ DEMISSÃO DE JUÍZES

Na legislação atual, pena máxima para juizes que cometem crimes é aposentadoria sem suspensão de salário. Proposta da senadora Ideli Salvatti (PT-SC) ainda será votada na Câmara.
O Senado aprovou nesta quarta-feira (3) proposta de emenda à Constituição que prevê a demissão de magistrados flagrados cometendo falta grave no exercício do cargo. Apresentada em 2003 pela líder do governo no Congresso, senadora Ideli Salvatti (PT-SC), a matéria recebeu os votos de 58 senadores. A proposta será analisada agora pela Câmara dos Deputados.
Pela legislação atual, um juiz que for flagrado em falta grave –vendendo sentenças, por exemplo– tem como penalidade máxima a aposentadoria compulsória. Como o cargo de juiz é vitalício, o magistrado continuará recebendo salário, proporcional ao tempo de serviço prestado, mesmo sem exercer as funções até o fim da vida. A pena pode ser aplicada em processo instaurado pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ), órgão de controle externo do Judiciário, ou pelo próprio órgão do magistrado investigado.
“É uma vitória a aprovação dessa matéria. Desde que entrei com o pedido, só fez aumentar o número de
casos de juízes flagrados utilizando o cargo para cometer delitos. Agora é esperar que a Câmara analise a matéria com rapidez”, afirmou Ideli.
Segundo dados do CNJ, nos últimos dois anos, cinco desembargadores de tribunais de Justiça estaduais e 12 juízes foram afastados e aposentados compulsoriamente, com vencimentos proporcionais ao tempo de serviço. Nesses casos, o CNJ aplicou a pena máxima administrativa prevista na Lei Orgânica da Magistratura (Loman). Se a proposta da senadora Ideli já estivesse em vigor, os mesmos magistrados seriam demitidos sem direito ao benefício custeado pelos cofres públicos.
O senador gaúcho Pedro Simon (PMDB) comemorou a aprovação da matéria. “Essa PEC corrige uma distorção da nossa Constituição. Como é que a pena é a aposentadoria? O cara comete um delito grave e a pena máxima é ir para casa receber o salário?”, indagou.
O relator da matéria no Senado foi o senador Demóstenes Torres (DEM-GO), procurador de Justiça licenciado, que deu parecer favorável ao texto. Na sessão desta quarta, o senador do DEM comemorou a votação da matéria como um instrumento moralizador do Judiciário.
“Para quem cometeu infrações de maior gravidade, a aposentadoria chega a ser um prêmio”, disse o senador. “Colocar em disponibilidade um juiz que infringiu de modo intolerável seus deveres funcionais, ainda que com subsídios proporcionais, significa premiá-lo. Ou seja, remunerar o seu ócio. Não dá mais para continuar premiando o desvio de função”, disse.

2 comentários:

  1. DEUS permita que realmente nesse nosso PAÍS a JUSTIÇA comece a ser feita só assim acabam com a corrupção que existe nesse PAÍS, tomarem que realmente funcione, ao meu ponto de vista mais uma vitoria mesmo depois de tanto tempo.

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  2. Isso é o minimo, os juizes que fossem pegos ou com indicios de atividades criminosas como vendas de sentenças dentre outras deveriam ser afastados ou presos e o caso ser analisado por outros juizes que não tenham contato com esses juizes e o judiciario arcar com as custas que deveriam recair sobre esses marginais.

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