Por volta dás 11:55 h. da Quinta – Feira (29) o Itapetinga Agora recebeu um informe que vários professores participantes de um CURSO PARA ALFABETIZADORES do TOPA – Todos pela Educação, se encontravam hospitalizados no HOSPITAL CRISTO REDENTOR com graves problemas intestinais.
Chegando ao local nossa reportagem constatou que ao todo 29 professores deram entrada no ambulatório do HCR, manifestando sintomas como vômitos, diarréias, dor de cabeça, indigestão e até casos de desmaios. Dos 29 professores que foram atendidos no hospital, 16 permaneceram hospitalizados.
Dinéia Santos, professora do TOPA Nova Canaã afirmou que no almoço da quarta(28) o feijão se encontrava com um gosto “azedado” e também faltou água para beber no local do evento, isso foi confirmado também por outras testemunhas como: Nívia Francisca de Itaimbé, Keila Samara de Nova Canaã, Ludmila Costa, Juliano Oliveira e Índia Lisboa, de Potiraguá. Eles confirmaram a notícia que o feijão se encontrava um pouco “estranho” e que já haviam reclamando da situação. “Várias outras professoras ficaram adoentadas, porém não quiseram se dirigir ao hospital.” Falou um dos professores.
No Hospital Cristo Redentor os plantonistas tiveram que se desdobrar para poderem atender à todos os professores que chegavam com problemas de saúde.
Durante a tarde de quinta feira a Vigilância Sanitária compareceu ao Colégio Manoel Novaes e coletou amostras de água e dos alimentos servidos. Porém o fator clima também não foi descartado como uma das causas do problema, uma vez que os hospitalizados moravam em outras cidades, principalmente Itaimbé (coréia) e Nova Canaã.
COORDENAÇÃO DO EVENTO FALA AO ITAPETINGA AGORA
Para o Professor Doutor Luis Arthur Cestari, Coordenador do encontro de formação dos alfabetizadores: “A nossa preocupação é formar bem os nossos alfabetizadores e sempre fazemos questão de contratar os melhores serviços em nossos encontros, contratamos o melhor hotel, o melhor serviço de transporte, com ar condicionado e principalmente o melhor serviço de alimentação. Tudo o que oferecemos aos nossos formandos é o melhor, porque queremos que eles também façam o melhor quando voltarem para as suas comunidades. Não nos preocupamos com a redução de custos, nos preocupamos em oferecer “o melhor”, a qualidade em tudo que realizamos. A alimentação oferecida no Encontro foi terceirizada, houve uma licitação e várias empresas concorreram, ganhou a que poderia oferecer o melhor serviço. Durante o evento desconhecemos reclamações quanto à qualidade da alimentação oferecida. Ao contrário, a alimentação oferecida é compartilhada por todos, inclusive nós da coordenação, e constatamos a boa qualidade da mesma. As pessoas por estarem fragilizadas podem ter visualizado a alimentação como a causadora do problema, porém o restaurante sempre se prontificou a resolver qualquer situação e não houve qualquer reclamação anterior quanto à qualidade da comida.”
Mozana Santos Novaes, professora do Topa de Cassilândia comprovou as afirmações do Coordenador do Evento: “Houve uma reclamação na quarta apenas do feijão, porém a qualidade do alimento era muito boa. Me alimentei normalmente durante todos os dias e não senti nada de estranho na comida. Acho que o calor da cidade colaborou para que algumas pessoas adoecessem.”
Lançado em 2007, o Programa TOPA – TODOS PELA ALFABETIZAÇÃO teve como ponto de partida um quadro desalentador, evidenciado na estatística que o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE extraiu da realidade estadual em 2006. Naquele momento, 18,6% dos baianos com 15 anos ou mais eram analfabetos.
Os números absolutos expunham a gravidade da situação: segundo o censo 2000, o universo de analfabetos na Bahia somavam 2.057.000 pessoas, de um total de 12.794.814 habitantes do Estado. No quarto Estado mais populoso da Federação. Além disso, a taxa de analfabetismo dessa população na zona rural é uma das mais altas do país - 31,6%. É importante saber também que quando analisadas as taxas de analfabetismo funcional, esse quadro se torna ainda mais crítico. A Bahia praticamente dobra a média geral, indo para 35,6%, sendo que no campo a taxa sobe para 55,6%.
O programa trabalha com a alfabetização sob a perspectiva de que este é um direito do cidadão, e não prescreve com a idade. Além disso, tem como desafio assegurar que pelo menos 40% dos egressos do Topa deem continuidade aos estudos. Dona Enedina Pereira da Silva, 100 anos, e seu Ubaldo Dias, 106 anos, alunos do programa que ficaram conhecidos nacionalmente através da TV, são as provas vivas de que nunca é tarde para aprender.
A Capacitação dos Professores do TOPA em Itapetinga começou na segunda feira (26) e ocorrerá até a sexta (30). Ao todo 270 professores estão participando do evento, sendo eles de Itapetinga, Caatiba, Potiragua, Itarantim, Maiquinique, Nova Canaã, Itambé, Itororó e Macaraní.
Leia Mais…