ERROS MÉDICOS JÁ SE TORNARAM CORRIQUEIROS NO BRASIL. ELES SE SENTEM SEMI DEUSES, CONTROLADORES DA VIDA E DA MORTE. O POBRE, ATENDIDO PELO SUS, PREFERENCIALMENTE, FICA COM A 2ª OPÇÃO NOS HOSPITAIS DO BRASIL.
"EU AINDA PEDIA MISERICÓRDIA..." DISSE O PAI DA CRIANÇA.
O fato aconteceu na última terça-feira (23), quando Gislaine de Matos Rodrigues, de 32 anos, grávida de nove meses, foi até o hospital e procurou assistência médica para ter a criança. Dentro da sala de parto, já com os procedimentos sendo feitos, os médicos Orozimbo Ruela de Oliveira, de 49 anos e Sinomar Ricardo, de 68 anos se desentenderam e iniciaram uma agressão mútua com direitos a chutes, murros e pontapés.
O pai da criança, Gilberto de Melo Cabreira, de 32 anos, registrou um boletim de ocorrência. O atestado de óbito da criança conforme divulgado pela prefeitura do município, indica que a ela morreu por conta de “sofrimento fetal e anoxia”, ou seja, falta de oxigenação, decorrente de demora ou complicação no parto. A Polícia Civil investiga o caso para punir os culpados.
Nesta quinta-feira (25), o pai da criança conversou com a produção da TV MS Record e relatou o fato. Durante a conversa, Cabreira disse que a mulher, assustada com a cena, disse para o marido que não queria mais fazer um parto normal e pediu ajuda aos médicos que brigavam:
- Minha esposa assistiu tudo. Como já estava coroando [com a cabeça já aparecendo], a criança voltou para dentro com todo aquele nervosismo. Ela [Gislaine] pedindo “Pelo amor de Deus doutores, me ajudem, vocês tem que se unir”.
O pai da criança disse que outro médico apareceu para fazer o parto uma hora e meia depois da confusão. - Ela nasceu roxa. Eu fiquei perplexo quando eu vi minha filha morta no colo da enfermeira. Eu ainda pedi misericórdia para aqueles médicos. Então, o que eu quero é justiça. Nada mais que isso.
A mãe da criança, que está sendo acompanhada por médicos do Hospital Municipal de Ivinhema, e também psicólogos, disse estar “arrasada”.
- Vi os dois médicos trocando tapas, enquanto estava sem forças até para gritar de dor que sentia no corpo e na alma. Pensei que ia morrer, mas sentia minha filha tentando nascer. Agora eu espero que o culpado pague o que fez. Minha filha nasceu morta por culpa deles, isso está escrito no atestado de óbito.
Os médicos foram demitidos pela Prefeitura de Ivinhema e o CRM (Conselho Regional de Medicina) de Mato Grosso do Sul informou que foi instaurado uma sindicância para apurar exatamente o que aconteceu.
O conselho irá ouvir os médicos acusados da morte do bebê e a mãe. O prazo para o resultado da conclusão do caso é de 60 dias. A direção do hospital não se manifestou oficialmente e aguarda a conclusão das investigações policiais e do Conselho Regional de Medicina.